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TRIBUTOS
Alíquotas caem para 12%
SP reduz o ICMS para estimular a produção
DA REPORTAGEM LOCAL
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou
ontem uma série de medidas com
a finalidade de estimular a produção de alguns setores da economia, como autopeças, cosméticos, medicamentos, alimentos e
instrumentos musicais.
O ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços)
caiu de 25% ou 18% para 12%.
Com isso, as alíquotas nas operações internas (comprador e vendedor localizados no território
paulista) foram equiparadas aos
12% das operações interestaduais.
O governador negou que as medidas sejam mais um lance na
"guerra fiscal" entre os Estados.
Embora Alckmin tenha adotado
medidas que não terão reflexo para os consumidores (os preços
dos produtos não vão subir nem
baixar), não há dúvida que o objetivo é fazer com que alguns setores industriais paulistas se tornem
mais competitivos.
A explicação para isso é simples:
ao reduzir as alíquotas para 12%
(a mesma cobrada pelos outros
Estados quando uma mercadoria
entra em território paulista), o
atacadista e o industrial paulistas
ficam equiparados aos fornecedores de outros Estados.
Para um varejista paulista, tanto
faz comprar de um vendedor de
outro Estado ou de São Paulo,
pois a alíquota será de 12%. A lógica é que optem por comprar de
um fornecedor paulista mesmo.
A Fazenda paulista não perde receita, pois as medidas apenas
transferem a responsabilidade de
um contribuinte (atacadista ou
industrial) para outro (varejista).
Medidas adotadas
O ICMS caiu de 18% para 12%
nas saídas internas dos fabricantes e atacadistas de autopeças, de
medicamentos e de alimentos, e
dos fabricantes de brinquedos e
de instrumentos musicais.
Para os cosméticos, perfumes e
artigos de higiene, o imposto caiu
de 25% para 12% nas saídas internas dos fabricantes e atacadistas.
Para os fabricantes de vinho, a alíquota nas operações internas
também caiu de 25% para 12%.
Para os atacadistas de couro, o
ICMS caiu de 18% para 12% nas
saídas internas para fabricantes
de calçados e artefatos de couro.
Uma medida apenas significará
redução de receita para o Estado,
mas ela ainda depende de aprovação pela Assembléia Legislativa.
É a que prevê redução de 18%
para 12% do ICMS nas saídas internas de louças sanitárias e cerâmica de revestimento tanto para a
indústria como para o comércio.
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