São Paulo, quarta-feira, 22 de setembro de 2004

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O VAIVÉM DAS COMMODITIES

Agregar valor
Um grupo de grandes fornecedores de cana quer uma nova relação comercial com os usineiros. Vão continuar fornecendo cana para as usinas, mas querem industrializar parte do próprio produto para aumentar o valor agregado. Essa moagem seria feita em usinas com capacidade ociosa.

Maior capacidade
O grupo sabe que essa operação não pode ser feita da noite para o dia, mas acredita que as usinas estão aumentando a capacidade de produção, o que vai gerar capacidade ociosa. Esses fornecedores disputariam a capacidade ociosa, vendendo o produto final às próprias usinas ou colocando-o nos mercados interno e externo.

Não no início
Na visão do grupo, a resposta inicial dos usineiros será "não". Mas se o setor realmente tiver capacidade ociosa nos próximos anos, acabará cedendo porque é melhor do que deixar o parque industrial parado. Para esses fornecedores, a decisão da OMC, a instabilidade política nos países fornecedores de óleo e a competitividade brasileira no setor coloca o açúcar e o álcool brasileiros em evidência ainda maior.

Visão das usinas
Na visão das usinas, o mercado é livre e esses negócios até poderiam ocorrer, mas o setor está estruturado, e a legislação não permite que os fornecedores vendam açúcar e álcool no mercado.

Agronegócio paulista
O saldo do agronegócio paulista subiu para US$ 4,2 bilhões até agosto, 55% acima do mesmo período de 2003, conforme dados do Instituto de Economia Agrícola.

Refazendo as contas
As receitas com as exportações do complexo soja (grão, farelo e óleo) deverão ficar abaixo do que se previa no mês passado. As novas estimativas da Abiove indicam US$ 9,77 bilhões, contra US$ 9,99 bilhões no mês anterior.

Exportações menores
A nova estimativa da Abiove aponta para exportações de 22,5 milhões de toneladas de soja em grãos, 500 mil a menos do que na estimativa anterior. Caem também as exportações de farelo (16,2 mi/t) e de óleo (2,95 mi/t).

Uma safra
A Bolsa de Mercadorias & Futuros negociou no mercado futuro, de janeiro a agosto, o correspondente a uma safra brasileira de café. As negociações atingiram o correspondente a 42,2 milhões de sacas, 31% a mais do que no mesmo período do ano passado.

Milho embala
Outro produto que ganha força nas negociações futuras é o milho. Até agosto, os contratos negociados na BM&F somaram o correspondente a 17 milhões de sacas de 60 quilos. Esse volume, recorde para o período, supera em 48% o de janeiro a agosto do ano passado, conforme dados da Bolsa.

Frango em alta
O preço do frango voltou a subir ontem no interior do Estado de São Paulo. O quilo da ave viva foi negociado a R$ 1,60 nas granjas paulistas. Na quinta-feira estava a R$ 1,45. As boas vendas e a falta de frangos no peso ideal para abate explicam o aumento.

E-mail: mzafalon@folhasp.com.br


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