São Paulo, quinta-feira, 22 de setembro de 2005

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Desemprego cai em SP após quatro meses

FABIANA FUTEMA
DA FOLHA ONLINE

Após quatro meses de estabilidade, a taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo caiu de 17,5% para 17,1% da PEA (População Economicamente Ativa) em agosto. Com o movimento, a taxa voltou para o mesmo patamar de fevereiro -a segunda menor do ano, que perde apenas para janeiro, com 16,7%.
O diretor do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, disse que a queda foi acompanhada pelo aumento da contratação com carteira assinada, que ajudou na recuperação da renda.
Em julho, pelo segundo mês consecutivo, a renda média subiu 1,7% em relação a junho, passando para R$ 1.057. Além disso, a massa de rendimentos -soma de todos os salários- aumentou 2,5% ante julho de 2004. Foi a primeira vez em 2005 que a massa superou o patamar de 2002. Em relação a julho de 2003, a alta foi de 10,1%.
Segundo o coordenador de pesquisas do Seade, Alexandre Loloian, essa recuperação da massa é reflexo do aumento da ocupação e da recuperação da renda média.
Para a Fundação Seade-Dieese, haverá a manutenção desse movimento de queda do desemprego acompanhada pela recuperação da renda até o final do ano. "Continuaremos a ter geração de emprego em patamares superiores à entrada de pessoas no mercado de trabalho, o que derrubará o desemprego", disse Lúcio.
O desemprego pode chegar a dezembro a um nível inferior ao verificado no mesmo mês de 2004, quando estava em 17,1%. "Teremos diminuição do desemprego. Não será na mesma intensidade da verificada em 2004", diz Lúcio. Para ele, a queda poderia ser maior se a economia tivesse crescido com mais força.
Neste ano, o movimento sazonal de queda no desemprego demorou mais tempo para começar do que em 2004, quando o recuo foi iniciado em maio.

Ocupação
Em agosto, o nível de ocupação registrou uma variação de 0,3% ante julho. Os chamados outros setores -que incluem construção civil e serviços domésticos- abriram 11 mil vagas. Loloian disse que esse movimento foi puxado, principalmente, pelas contratações na construção civil.
A indústria, especialmente a metal-mecânica, criou 4.000 postos de trabalho. O setor de serviços fechou 4.000. O comércio abriu 12 mil vagas.
O nível de ocupação nos últimos 12 meses cresceu 1,8%, com a geração de 149 mil empregos. Desse total, 129 mil foram criados no setor de serviços. Outros 29 mil foram abertos na indústria. Nos outros setores houve a criação de 9.000 vagas. No comércio, entretanto, foram fechados 18 mil postos de trabalho.


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