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Desemprego cai
em SP após
quatro meses
FABIANA FUTEMA
DA FOLHA ONLINE
Após quatro meses de estabilidade, a taxa de desemprego
na região metropolitana de São
Paulo caiu de 17,5% para 17,1%
da PEA (População Economicamente Ativa) em agosto.
Com o movimento, a taxa voltou para o mesmo patamar de
fevereiro -a segunda menor
do ano, que perde apenas para
janeiro, com 16,7%.
O diretor do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, disse que a queda foi acompanhada pelo aumento da contratação com carteira assinada, que ajudou na
recuperação da renda.
Em julho, pelo segundo mês
consecutivo, a renda média subiu 1,7% em relação a junho,
passando para R$ 1.057. Além
disso, a massa de rendimentos
-soma de todos os salários-
aumentou 2,5% ante julho de
2004. Foi a primeira vez em
2005 que a massa superou o patamar de 2002. Em relação a julho de 2003, a alta foi de 10,1%.
Segundo o coordenador de
pesquisas do Seade, Alexandre
Loloian, essa recuperação da
massa é reflexo do aumento da
ocupação e da recuperação da
renda média.
Para a Fundação Seade-Dieese, haverá a manutenção desse
movimento de queda do desemprego acompanhada pela
recuperação da renda até o final do ano. "Continuaremos a
ter geração de emprego em patamares superiores à entrada
de pessoas no mercado de trabalho, o que derrubará o desemprego", disse Lúcio.
O desemprego pode chegar a
dezembro a um nível inferior
ao verificado no mesmo mês de
2004, quando estava em 17,1%.
"Teremos diminuição do desemprego. Não será na mesma
intensidade da verificada em
2004", diz Lúcio. Para ele, a
queda poderia ser maior se a
economia tivesse crescido com
mais força.
Neste ano, o movimento sazonal de queda no desemprego
demorou mais tempo para começar do que em 2004, quando
o recuo foi iniciado em maio.
Ocupação
Em agosto, o nível de ocupação registrou uma variação de
0,3% ante julho. Os chamados
outros setores -que incluem
construção civil e serviços domésticos- abriram 11 mil vagas. Loloian disse que esse movimento foi puxado, principalmente, pelas contratações na
construção civil.
A indústria, especialmente a
metal-mecânica, criou 4.000
postos de trabalho. O setor de
serviços fechou 4.000. O comércio abriu 12 mil vagas.
O nível de ocupação nos últimos 12 meses cresceu 1,8%,
com a geração de 149 mil empregos. Desse total, 129 mil foram criados no setor de serviços. Outros 29 mil foram abertos na indústria. Nos outros setores houve a criação de 9.000
vagas. No comércio, entretanto, foram fechados 18 mil postos de trabalho.
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