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Vaivém das commodities
Mauro Zafalon - mzfalon@folhasp.com.br
AINDA PIOR
Se as perspectivas de abastecimento de trigo já não eram
boas para o Brasil, ficaram ainda piores. O governo argentino
acaba de divulgar uma avaliação de safra ainda pior por lá. A
Argentina é o principal fornecedor do cereal ao Brasil.
SEM PLANTIO
A falta de chuva em algumas
regiões, como o sudoeste de
Buenos Aires, está impedindo o
plantio de trigo. Com isso, a
previsão de área de 5,3 milhões
de hectares, 1,7% a mais do que
em 2005/6, pode não se confirmar.
PRODUTIVIDADE
O acompanhamento oficial
do governo argentino sobre a
safra de trigo informa, ainda,
que nas regiões já semeadas a
seca deve provocar quebra de
produtividade.
GENÉTICA SUÍNA
A adoção de matrizes selecionadas avança na suinocultura
brasileira. A Cotribá (Cooperativa Agrícola Mista General
Osório - RS) acaba de adquirir
mil matrizes da canadense Genetiporc do Brasil, somando
4.000 reprodutoras dessa empresa na estrutura de produção
da cooperativa.
ENFIM, ALÍVIO
Ao contrário do que vem
ocorrendo desde 1998, a primavera deste ano tem melhores
perspectivas de chuvas na região Sul. É um bom sinal para
os agricultores que tiveram
consecutivas frustrações de safras nos últimos anos. A avaliação é de especialistas em clima
do Inmet e do Ceptec, reunidos
em Brasília.
NÃO É TÃO BOM
Já as regiões Sudeste e Centro-Oeste poderão ter "ligeira
diminuição de chuvas", segundo os técnicos. Essas perspectivas foram feitas com base nos
efeitos do El Niño, que provoca
chuvas acima do normal no Sul.
No Sudeste e no Centro-Oeste,
elas serão de normais a baixas.
No Nordeste, devem ser normais, segundo os técnicos.
AJUSTES
As exportações de frango voltaram a crescer e atingiram 299
mil toneladas no mês passado,
13% a mais do que em igual mês
de 2005. Apesar dessa recuperação, receitas e vendas acumuladas neste ano ainda são inferiores às do ano passado.
PREÇOS SALVAM
Já em 12 meses até agosto,
embora o volume tenha caído
2% -para 2,7 milhões de toneladas-, as receitas subiram para US$ 3,3 bilhões -mais 9%. A
alta se deve ao aumento de 11%
nos preços no período. Os dados são da Abef (associação dos
exportadores).
BOI VAI A R$ 62
A arroba de boi foi a R$ 62 em
São Paulo e as pressões de alta
não acabaram, segundo o Instituto FNP. O frango, também
em alta, foi a R$ 1,55 por quilo
(ave viva), apurou a Folha.
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