São Paulo, sexta-feira, 22 de setembro de 2006

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Vaivém das commodities

Mauro Zafalon - mzfalon@folhasp.com.br

AINDA PIOR
Se as perspectivas de abastecimento de trigo já não eram boas para o Brasil, ficaram ainda piores. O governo argentino acaba de divulgar uma avaliação de safra ainda pior por lá. A Argentina é o principal fornecedor do cereal ao Brasil.

SEM PLANTIO
A falta de chuva em algumas regiões, como o sudoeste de Buenos Aires, está impedindo o plantio de trigo. Com isso, a previsão de área de 5,3 milhões de hectares, 1,7% a mais do que em 2005/6, pode não se confirmar.

PRODUTIVIDADE
O acompanhamento oficial do governo argentino sobre a safra de trigo informa, ainda, que nas regiões já semeadas a seca deve provocar quebra de produtividade.

GENÉTICA SUÍNA
A adoção de matrizes selecionadas avança na suinocultura brasileira. A Cotribá (Cooperativa Agrícola Mista General Osório - RS) acaba de adquirir mil matrizes da canadense Genetiporc do Brasil, somando 4.000 reprodutoras dessa empresa na estrutura de produção da cooperativa.

ENFIM, ALÍVIO
Ao contrário do que vem ocorrendo desde 1998, a primavera deste ano tem melhores perspectivas de chuvas na região Sul. É um bom sinal para os agricultores que tiveram consecutivas frustrações de safras nos últimos anos. A avaliação é de especialistas em clima do Inmet e do Ceptec, reunidos em Brasília.

NÃO É TÃO BOM
Já as regiões Sudeste e Centro-Oeste poderão ter "ligeira diminuição de chuvas", segundo os técnicos. Essas perspectivas foram feitas com base nos efeitos do El Niño, que provoca chuvas acima do normal no Sul. No Sudeste e no Centro-Oeste, elas serão de normais a baixas. No Nordeste, devem ser normais, segundo os técnicos.

AJUSTES
As exportações de frango voltaram a crescer e atingiram 299 mil toneladas no mês passado, 13% a mais do que em igual mês de 2005. Apesar dessa recuperação, receitas e vendas acumuladas neste ano ainda são inferiores às do ano passado.

PREÇOS SALVAM
Já em 12 meses até agosto, embora o volume tenha caído 2% -para 2,7 milhões de toneladas-, as receitas subiram para US$ 3,3 bilhões -mais 9%. A alta se deve ao aumento de 11% nos preços no período. Os dados são da Abef (associação dos exportadores).

BOI VAI A R$ 62
A arroba de boi foi a R$ 62 em São Paulo e as pressões de alta não acabaram, segundo o Instituto FNP. O frango, também em alta, foi a R$ 1,55 por quilo (ave viva), apurou a Folha.


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