São Paulo, Sexta-feira, 22 de Outubro de 1999
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COMBUSTÍVEL

Tesouro economiza R$ 348 mi

Governo confirma fim do subsídio ao álcool

da Sucursal de Brasília

O Cima (Conselho Interministerial do Açúcar e do Álcool) confirmou ontem a suspensão do subsídio ao álcool concedido atualmente pelo governo. A medida permitirá uma economia de cerca de R$ 348 milhões ao Tesouro Nacional.
Na semana passada, os secretários-executivos dos nove ministérios que compõem o Cima haviam decidido pelo fim do subsídio, mas a determinação ainda precisava ser ratificada pelo conselho.
O ministro Pratini de Morais (Agricultura) afirmou, ontem, que o fim do subsídio não acarretará aumento de preço para o consumidor.
A decisão de acabar com o benefício foi tomada, segundo ele, porque, com o aumento do preço da gasolina, o álcool ganhou competitividade.
O subsídio ao álcool hidratado era de R$ 0,0045 por litro. Para o álcool anidro, o incentivo variava entre R$ 0,0037 (Paraná) e R$ 0,1177 por litro (Pará).
O Cima também aprovou a renovação do programa de subsídio à produção de açúcar no Nordeste. O benefício foi estendido aos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
O valor do benefício, atualmente, é de R$ 5,07 por tonelada do produto, o que corresponde a cerca de 25% do preço do álcool no Nordeste (R$ 16 por tonelada). O conselho está estudando a possibilidade de aumentar o subsídio para R$ 9,4 por tonelada.

Estocagem
O Cima aprovou, ainda, a liberação de R$ 40 milhões para a estocagem de 70 milhões de litros de álcool. Os recursos serão liberados aos produtores por intermédio do Banco do Brasil em forma de crédito.
O álcool é apresentado pelos fornecedores como garantia. O objetivo da medida tomada pelo Cima é segurar o preço do produto no mercado.


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