São Paulo, Sexta-feira, 22 de Outubro de 1999
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Para Graça Lima, retenção é apenas acidente de percurso
Lula Marques/Folha Imagem
O embaixador José Alfredo Graça Lima, subsecretário-geral do Ministério das Relações Exteriores


da Sucursal de Brasília

O embaixador José Alfredo Graça Lima, subsecretário-geral para Assuntos Econômicos de Integração e Comércio Exterior do Ministério das Relações Exteriores, classificou como "acidente de percurso" a retenção de calçados brasileiros por parte do governo argentino.
Segundo o embaixador, os calçados brasileiros que ficaram presos na alfândega já não correm mais o risco de serem leiloados, podendo ser retirados pelos seus proprietários.
Graça Lima atribuiu o ocorrido a aspectos burocráticos da alfândega argentina. Para ele, o leilão de mercadorias que não são retiradas em determinado prazo é uma "prática universal".
Os calçados permaneceram retidos por causa da demora na emissão da licença de importação, que permitiria a entrada dos produtos na Argentina.
Segundo o embaixador, o episódio foi apenas um "caso isolado". "Uma guerra comercial entre Brasil e Argentina está longe de ser iniciada."
O ministro do Desenvolvimento, Alcides Tápias, disse que sua viagem marcada para Buenos Aires, no próximo dia 29, ainda depende do esclarecimento do incidente. A viagem teria o objetivo de acertar os métodos utilizados na certificação de calçados no Brasil e na Argentina, para que o comércio dos produtos entre dois países seja facilitado.
Além disso, as discussões sobre um acordo para o comércio de automóveis seriam retomadas.
De acordo com Graça Lima, o problema ocorrido com os calçados brasileiros não interfere nas negociações sobre os automóveis.



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