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Para Graça Lima, retenção é apenas acidente de percurso
Lula Marques/Folha Imagem
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O embaixador José Alfredo Graça Lima, subsecretário-geral do Ministério das Relações Exteriores |
da Sucursal de Brasília
O embaixador José Alfredo Graça Lima, subsecretário-geral para
Assuntos Econômicos de Integração e Comércio Exterior do Ministério das Relações Exteriores,
classificou como "acidente de
percurso" a retenção de calçados
brasileiros por parte do governo
argentino.
Segundo o embaixador, os calçados brasileiros que ficaram presos na alfândega já não correm
mais o risco de serem leiloados,
podendo ser retirados pelos seus
proprietários.
Graça Lima atribuiu o ocorrido
a aspectos burocráticos da alfândega argentina. Para ele, o leilão
de mercadorias que não são retiradas em determinado prazo é
uma "prática universal".
Os calçados permaneceram retidos por causa da demora na
emissão da licença de importação, que permitiria a entrada dos
produtos na Argentina.
Segundo o embaixador, o episódio foi apenas um "caso isolado".
"Uma guerra comercial entre
Brasil e Argentina está longe de
ser iniciada."
O ministro do Desenvolvimento, Alcides Tápias, disse que sua
viagem marcada para Buenos Aires, no próximo dia 29, ainda depende do esclarecimento do incidente. A viagem teria o objetivo
de acertar os métodos utilizados
na certificação de calçados no
Brasil e na Argentina, para que o
comércio dos produtos entre dois
países seja facilitado.
Além disso, as discussões sobre
um acordo para o comércio de
automóveis seriam retomadas.
De acordo com Graça Lima, o
problema ocorrido com os calçados brasileiros não interfere nas
negociações sobre os automóveis.
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