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Para Allgeier, subsídios devem diminuir
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
"Os EUA não recuaram no que
diz respeito à liberalização do comércio agrícola", afirmou ontem
o embaixador norte-americano
Peter Allgeier. Com a declaração,
o co-presidente da Alca pretende
rebater críticas do governo brasileiro de que os EUA abandonaram a proposta de redução de
subsídios agrícolas na reunião da
OMC (Organização Mundial do
Comércio) em setembro.
Allgeier disse que o seu país e o
Brasil têm o mesmo interesse de
eliminar os subsídios agrícolas na
negociação multilateral.
Allgeier, no entanto, criticou a
atuação do G-X, grupo inicialmente formado por 20 países em
desenvolvimento e liderados pelo
Brasil para pressionar a União
Européia e os Estados Unidos a liberarem mais o comércio nas negociações da OMC em Cancún.
"De repente o grupo ficou muito agressivo e passou a colocar o
Sul contra o Norte", disse Allgeier.
Ele também afirmou que houve
uma mudança nas negociações
depois que Lula assumiu o poder.
"O governo anterior estava mais
confortável com o modelo da Alca definido na reunião ministerial
de Miami e nas seguintes", disse o
embaixador.
Allgeier acrescentou que a posição dos Estados Unidos não é isolada. Segundo o embaixador, ela
teria o apoio de países do Caribe,
do Chile e "até de um país do Mercosul". Allgeier não revelou qual
país seria este, mas dos quatro sócios do bloco, o Uruguai é que demonstra maior disposição em negociar com os americanos.
O diplomata disse que "os EUA
estão convencidos de que a Alca
deve ser mais abrangente". O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e
o embaixador brasileiro Adhemar Bahadian afirmaram no seminário que os EUA já haviam indicado que não negociariam temas de interesse do Brasil na Alca,
como subsídios agrícolas.
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