São Paulo, sexta-feira, 22 de outubro de 2004 |
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O VAIVÉM DAS COMMODITIES Contratos de trigo Dos 8.025 contratos de opção de trigo colocados em leilão ontem pelo Ministério da Agricultura, 99,8% foram arrematados. Esses contratos somaram 217,3 mil toneladas. O principal ágio ocorreu em Santa Catarina, onde os produtores pagaram 1.123% a mais pelos prêmios iniciais. Ágio no líder Os paranaenses, líderes nacionais na produção, pagaram R$ 114 por contrato para ter o direito de vender trigo ao governo em janeiro próximo. Esse valor supera em 93,6% os preços iniciais estabelecidos pelo Mapa, que eram de R$ 58,88. Algodão em 2005 Em 2005, o país vai consumir mais algodão, exportar mais e produzir o mesmo volume deste ano. Com isso, os estoques devem recuar para 435 mil toneladas, 8,4% abaixo do volume deste ano. As estimativas são da Anea (Associação Nacional dos Exportadores de Algodão). Os números A Anea prevê que a produção nacional de algodão ficará em 1,27 milhão de toneladas no próximo ano, igual à deste ano. Já o consumo subirá para 910 mil toneladas (mais 5%) e as exportações, para 480 mil (mais 48%). As importações caem para 80 mil toneladas (recuo de 27%). Tentação A elevação dos custos dos herbicidas, fungicidas e inseticidas no mercado interno está provocando uma corrida maior de produtores ao mercado paraguaio. O produto contrabandeado não paga impostos e, por isso, chega às mãos dos produtores mais barato. Que venha a Starbucks Os produtores de cafés especiais torcem para a chegada da norte-americana Starbucks ao mercado brasileiro. "Será o marketing mais barato para o café brasileiro de qualidade", diz Henrique Dias Cambraia, da Cambraia Cafés, associada à BSCA (Associação Brasileira dos Cafés Especiais). Uma dúvida Alexandre Frossard Nogueira, da Fazenda Fortaleza, concorda com Cambraia quanto ao fato de que a presença da Starbucks difundirá o consumo de cafés especiais, mas tem uma dúvida: "[A da Starbucks] não é a forma mais apreciada e conhecida de o brasileiro tomar café". Oliveiras em MG O sul de Minas Gerais poderá ser, em breve, um pólo de cultura de oliveiras. Estudos da Epamig (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais) identificou a região da serra da Mantiqueira como a mais propícia. Em Santa Catarina também está começando o cultivo de oliveiras. Brasil dependente O Brasil não tem produção comercial de oliveiras, segundo a Epamig, e é o sétimo maior importador mundial de azeitonas e de óleo de oliva. Os gastos anuais chegam a US$ 100 milhões, com liderança do azeite (US$ 60 milhões). Argentina, Chile, Espanha e Portugal são os principais fornecedores. Não se sustentaram As cotações da soja, que subiram na quarta-feira, caíram 0,9% ontem em Chicago. E-mail: mzafalon@folhasp.com.br Texto Anterior: Fraudes do capital: Mantida multa de R$ 62 mi a dono da Bombril Próximo Texto: Cidade quente: Faltam modelos para boom de eventos em SP Índice |
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