São Paulo, quarta-feira, 22 de novembro de 2006

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Centrais vão pressionar por mínimo maior

KAREN CAMACHO
DA FOLHA ONLINE

A principais centrais sindicais insistem em que o governo reajuste o salário mínimo dos atuais R$ 350 para R$ 420 e prometem mobilização popular para pressionar o Planalto a atender a reivindicação. Nos Estados, haverá manifestações no dia 29 deste mês. Uma marcha em Brasília está agendada para o dia 6 de dezembro.
Para a CUT, o rebaixamento da proposta do governo, de R$ 375 para R$ 367, reforça a disposição da central em realizar a marcha pelo salário mínimo em Brasília.
"Vamos pressionar para que o valor previsto no Orçamento, que inicialmente já estava aquém da nossa reivindicação, seja superado pela mobilização das ruas", disse Artur Henrique, presidente da CUT.
Para ele, o governo também tem de criar uma "política de valorização permanente do salário mínimo a partir do ano que vem".
A CUT sugere a inclusão de representantes dos trabalhadores no CMN para que as decisões sobre a política econômica tomem como base metas de crescimento e de geração de empregos.
O secretário da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, disse que "é perigoso o governo se sentir pressionado pelos gastos públicos logo após as eleições" e que as centrais vão insistir no mínimo de R$ 420.
O presidente da CGT, Salim Reis, disse que "o governo está querendo arrumar confusão". "O movimento sindical não aceitava a proposta de R$ 375 e muito menos aceitará a de R$ 367. Queremos uma política de recuperação do mínimo."


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