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Centrais vão pressionar por mínimo maior
KAREN CAMACHO
DA FOLHA ONLINE
A principais centrais sindicais insistem em que o governo reajuste o salário mínimo
dos atuais R$ 350 para R$
420 e prometem mobilização popular para pressionar
o Planalto a atender a reivindicação. Nos Estados, haverá
manifestações no dia 29 deste mês. Uma marcha em Brasília está agendada para o dia
6 de dezembro.
Para a CUT, o rebaixamento da proposta do governo, de
R$ 375 para R$ 367, reforça a
disposição da central em realizar a marcha pelo salário
mínimo em Brasília.
"Vamos pressionar para
que o valor previsto no Orçamento, que inicialmente já
estava aquém da nossa reivindicação, seja superado pela mobilização das ruas", disse Artur Henrique, presidente da CUT.
Para ele, o governo também tem de criar uma "política de valorização permanente do salário mínimo a
partir do ano que vem".
A CUT sugere a inclusão
de representantes dos trabalhadores no CMN para que
as decisões sobre a política
econômica tomem como base metas de crescimento e de
geração de empregos.
O secretário da Força Sindical, João Carlos Gonçalves,
o Juruna, disse que "é perigoso o governo se sentir
pressionado pelos gastos públicos logo após as eleições" e
que as centrais vão insistir
no mínimo de R$ 420.
O presidente da CGT, Salim Reis, disse que "o governo está querendo arrumar
confusão". "O movimento
sindical não aceitava a proposta de R$ 375 e muito menos aceitará a de R$ 367.
Queremos uma política de
recuperação do mínimo."
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