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MERCADO FINANCEIRO
Instituição reduz volume de contratos de "swap cambial reverso", e moeda fecha a R$ 2,308, baixa de 1,62%
BC "relaxa", e dólar cai pelo 2º dia seguido
DA REPORTAGEM LOCAL
No segundo dia em que o BC
realizou intervenções menos
agressivas no mercado de câmbio, o dólar fechou em baixa de
1,62%, vendido a R$ 2,308. A Bovespa subiu 1,36% ontem.
Ontem, a autoridade monetária
vendeu apenas US$ 397 milhões
em "swap cambial reverso". Em
dezembro, até segunda-feira, o
BC estava leiloando cerca de US$
600 milhões desses papéis por dia.
O menor volume de contratos
oferecidos foi encarado por investidores e analistas como um sinal
de que o fôlego do BC para grandes intervenções no câmbio estaria diminuindo.
Os contratos de "swap cambial
reverso" têm o efeito de compras
de dólares no mercado futuro. Ou
seja, representam o aumento da
demanda pela moeda norte-americana e favorecem a elevação de
seu preço. Como o BC passou a
ofertar menos desses títulos, a
pressão sobre o dólar arrefeceu.
Os investidores que compram
os contratos de "swap cambial reverso" ganham uma taxa de juros
e pagam em troca ao BC a variação cambial. Apesar do recuo de
3,11% registrado pelo dólar nos
últimos dois dias, a moeda americana ainda acumula valorização
de 4,58% diante do real em dezembro. Hoje, o BC manterá seu
atual ritmo e venderá até US$ 420
milhões em "swap reverso".
O cenário internacional favoreceu ontem os emergentes. O risco-país brasileiro chegou ao fim
do dia a 306 pontos -o menor
patamar da história-, em baixa
de 2,55%. O risco mexicano caiu
3,20%, a 121 pontos. O russo recuou 2,59%, para os 113 pontos.
A redução do resultado do PIB
dos Estados Unidos no terceiro
trimestre foi bem recebida pelo
mercado. Isso porque o ritmo
apresentado mostrou que a economia americana está bem, mas
não exageradamente aquecida.
Assim, há espaço para que o processo de alta dos juros no país seja
interrompido em breve.
E, se os juros norte-americanos
deixam de subir, os emergentes
tendem a receber recursos de investidores que iriam para títulos
do Tesouro dos EUA. Quando o
valor dos papéis de um país emergente sobe, seu risco recua.
Hoje, será divulgada a ata da
reunião do Copom. O documento
vai trazer detalhes sobre os motivos que levaram a maioria do diretores do BC a optar pela redução da taxa Selic em 0,50 ponto
percentual, e não em 0,75 ponto.
(FABRICIO VIEIRA)
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