São Paulo, quinta-feira, 22 de dezembro de 2005

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AGRICULTURA

Congressistas rejeitam pedido de Bush, de corte de US$ 5,7 bilhões; redução de gastos em pesquisa é aprovada

Senado dos EUA mantém subsídio agrícola


DA BLOOMBERG

O Senado dos Estados Unidos rejeitou o pedido do presidente George W. Bush pela adoção de cortes aos subsídios agrícolas.
Os senadores aprovaram apenas a redução de gastos destinados em sua maioria à preservação de terras e à pesquisa, que totalizarão US$ 2,71 bilhões, para o período de cinco anos.
O pacote de Bush pretendia cortar US$ 934 milhões destinados a programas de preservação, US$ 399 milhões para o desenvolvimento rural e US$ 620 milhões para a pesquisa. Um projeto anterior, que previa um corte de US$ 574 milhões nos subsídios para vales-refeição, foi eliminado.
Na qualidade de presidente do Senado, o vice-presidente norte-americano Dick Cheney, deu o voto de minerva para desempatar o placar de 50 votos favoráveis e 50 contra e aprovou a legislação que continha os cortes aos gastos agrícolas.
Bush havia solicitado cortes no valor de US$ 5,7 bilhões pelo período de dez anos para os pagamentos diretos destinados às lavouras. Os EUA estão sendo pressionados pela Organização Mundial do Comércio para reduzir os subsídios agrícolas, que, segundo a OMC, distorcem o comércio mundial. De acordo com planos anteriores do Congresso norte-americano, os subsídios sofreriam uma redução total de 2,5%, ou cerca de US$ 1,15 bilhão no período de cinco anos.
"Cortar a rede de segurança dos programas de commodities num momento em que ela era realmente necessária foi a atitude errada na hora errada", disse Tom Buis, lobista do Sindicato Nacional dos Agricultores, que disse que os produtores rurais estão sofrendo devido "aos preços dos produtos agrícolas, que estão caindo rapidamente, e à disparada dos preços dos combustíveis".
Os cortes dos gastos agrícolas fazem parte de um conjunto mais amplo de medidas que reduziria os gastos totais realizados em programas de benefícios em US$ 39,7 bilhões pelo período de cinco anos para ajudar a diminuir o déficit público norte-americano, que ficou em US$ 319 bilhões no ano fiscal encerrado em setembro.
A legislação deve agora retornar à Câmara dos Deputados, que aprovou uma versão ligeiramente diferente no dia 19.


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