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Mineradora vai pagar US$ 2,5 bi a acionistas
DA SUCURSAL DO RIO
A diretoria executiva da
Vale informou ontem a aprovação da proposta de remuneração mínima de US$ 2,5
bilhões para o pagamento de
acionistas no ano de 2009. O
valor é o mesmo anunciado
pela companhia para 2008 e
está 24,5% acima de remuneração total média dos últimos três anos (2006 a 2008).
A remuneração de US$ 2,5
bilhões corresponde a US$
0,479523218 por ação ordinária ou preferencial. Se
aprovada, será paga em duas
parcelas, em 30 de abril e 30
de outubro. A proposta segue
para o Conselho de Administração da Vale, que delibera
sobre as parcelas em 15 de
abril e 15 de outubro.
O pagamento dos acionistas será efetuado em reais e
calculado com base no valor
da taxa de câmbio real/dólar
do último dia útil antes da
reunião do Conselho.
A empresa informou que
negocia a aquisição de metade da participação da empresa Woodside nos consórcios
BM-S-48 e BM-S-55, na bacia de Santos, visando à exploração de gás natural. A
mineradora alega objetivo de
"diversificar e otimizar" sua
matriz energética.
O consórcio, formado pela
Repsol YPF (40%), Petrobras (35%) e Woodside
(25%), abriga o poço de Panoramix, onde foram encontrados indícios de hidrocarbonetos. O negócio depende
da aprovação da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás
Natural e Biocombustíveis).
Demissões
Das três maiores mineradoras do mundo, a Vale é a
que menos tem recorrido a
demissões como medida para cortar custos. A Folha
apurou que existe, dentro da
empresa, preocupação em
resistir ao máximo à dispensa de pessoal para evitar desgastes com o governo. Como
alternativa, a empresa vem
atacando as "gorduras internas" para superar a crise.
Entre os acionistas da Vale, estão a Previ (fundo de
pensão dos funcionários do
Banco do Brasil) e o BNDES.
Até agora, a Vale dispensou 1.300 funcionários, ou
2% do total mundial. Maior
mineradora do mundo, a
BHP demitiu nesta semana
6.000 funcionários, ou 6%
de seu total. A Rio Tinto dispensou 14 mil funcionários,
ou 13% do quadro geral.
Nos nove primeiros meses
de 2008, as despesas operacionais na Vale cresceram
28% em relação a igual período de 2007. Na mesma
comparação, a receita subiu
8%. Segundo executivos da
empresa, corte de custos tornou-se uma obsessão antes
mesmo das turbulências.
Com a crise, a redução tornou-se mandatória. E, aparentemente, havia bastante a
ser cortado. A Folha apurou
que uma das medidas tomadas foi o controle sobre a
emissão de passagens aéreas
e a suspensão de trabalhos
de inúmeras consultorias
que faziam projetos nas
áreas operacionais, administrativas e de tecnologia.
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