São Paulo, sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

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Geithner é aprovado em comitê do Senado e ataca China sobre yuan

DA REDAÇÃO

Apesar das fortes críticas, especialmente da oposição republicana, sobre os erros em sua declaração de Imposto de Renda, Timothy Geithner, o indicado pelo presidente dos EUA, Barack Obama, para comandar o Departamento do Tesouro, foi aprovado pelo Comitê de Finanças do Senado. A expectativa é que seu nome seja confirmado na semana que vem em votação na mesma Casa.
O nome de Geithner foi confirmado por 18 votos contra 5 -estes todos de senadores republicanos. A principal crítica que se faz ao ainda previsão da divisão regional do Fed (o BC dos EUA) de New York é sobre as falhas que ele cometeu ao declarar sua renda para o fisco norte-americano na época em que ele trabalhou no FMI (Fundo Monetário Internacional), entre 2001 e 2004.
"As explicações sobre as irregularidades abrangeram desde comunicados de que ele deveria saber [do erro] até declarações de que, se os seus contadores tivessem o alertado, ele teria feito a coisa certa. Eu recebi uma mensagem de uma cidadão que manifestou a sua preocupação com a nomeação. Ele escreveu: "Se um homem não consegue lidar com as suas próprias finanças, como é que ele vai fazer com a do país'?", disse o senador republicano Chuck Grassley, um dos que votaram contra a aprovação.
Em carta enviada ao comitê do Senado, Geithner acusou o governo chinês de manipular o valor da moeda local, o iene, e praticamente descartou a nacionalização dos bancos. A China, maior detentora de títulos do Tesouro americano, é acusada frequentemente de manter o valor da sua moeda baixo, favorecendo as exportações dos produtos do país asiático.
"O presidente Obama prometeu usar agressivamente todas as vias diplomáticas abertas a ele para buscar mudanças nas práticas chinesas em relação à moeda", escreveu Geithner, adotando um tom mais duro que o de Henry Paulson, o último secretário do Tesouro do governo George W. Bush.
Sobre a nacionalização de bancos, Geithner deu sinais de que esse não deve ser o caminho que o governo Obama pretende adotar. Segundo ele, "o melhor resultado para a economia é aquele em que o sistema financeiro permanece em mãos privadas".


Com agências internacionais


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