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Foco
Índice Big Mac reflete desvalorização cambial pós-crise nos países
DA REDAÇÃO
Com a valorização do dólar
em relação ao real, o Brasil,
que tinha no ano passado um
dos Big Mac, o famoso sanduíche da rede McDonald's, mais
caros do mundo, agora tem
um preço menor que o cobrado nas lojas americanas.
Segundo o tradicional índice da revista britânica "The
Economist", o sanduíche vale
hoje no Brasil US$ 3,39, ante
US$ 4,73 em julho do ano passado, quando era o sétimo
mais caro do mundo. Como o
Big Mac é vendido nos Estados Unidos por US$ 3,54, isso
significa, pelo índice, que o
real está desvalorizado em
4,24% em relação ao dólar.
Mas a queda não aconteceu
apenas com o Brasil. Na metade do ano passado, boa parte
dos países também tinha uma
moeda mais valorizada que o
dólar, fazendo a comparação
pelo preço do Big Mac. Agora
isso só ocorre com a Suécia, a
Dinamarca, a Noruega, a Suíça e a zona do euro. Mas, mesmo nesses países, o sanduíche
hoje vale menos em dólar do
que em julho de 2008.
O levantamento da revista
calcula a relação entre o preço
do Big Mac nos EUA e o seu
valor em dólares em outro
país. Se o preço em determinado país for superior ao cobrado nas lojas americanas do
McDonald's, isso significa que
a moeda está valorizada na
comparação com o dólar.
Na Rússia, onde o preço do
sanduíche caiu de US$ 2,54
para US$ 1,87, o BC anunciou
uma desvalorização de 10% do
rublo ante a cesta de divisas
que serve como parâmetro à
moeda local, cujo câmbio é
controlado. É a quinta desvalorização desde o início da crise. Desde então, o rublo já se
desvalorizou em 20%.
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