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Vaivém das commodities
MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@grupofolha.com.br
VOLTOU O AZUL
O produtor de soja, que no final do ano passado considerava
distante a possibilidade de renda, voltou a trabalhar com a
possibilidade de bons rendimentos nesta safra. No Paraná,
as tradings oferecem R$ 50 por
saca para a soja a ser entregue
no fim de safra. Em Mato Grosso, os preços giram próximos
de R$ 40 por saca.
QUEBRA FORTE
Um dos principais motivos
dessa alta da soja é a forte quebra de produção. Na Argentina,
que produziu 46 milhões de toneladas na última safra e esperava 50 milhões nesta, a produção não passa de 40 milhões,
segundo as previsões mais pessimistas. No Brasil, os 60 milhões de toneladas esperados
podem virar 54 milhões.
TRADINGS EM CAMPO
A preocupação com essa quebra é tão grande nas multinacionais que elas colocaram dezenas de analistas para percorrer o país e avaliar a situação
real da safra, tanto aqui como
na Argentina e no Paraguai.
Querem medir direito os passos a serem dados.
PASSOS CERTOS
E não pode haver erros nos
passos dessas multinacionais.
No auge da crise, muitas foram
chamadas pelas matrizes para
mandar capital para fora. O
problema é que esse dinheiro
não está voltando, embora este
seja o momento de mais gastos
por aqui, devido á chegada da
safra.
ANDANDO BEM
Mas, se a safra vai mal em algumas áreas do país, não é o
que acontece com a soja precoce de Mato Grosso. Ao contrário de anos anteriores, o clima
está mais favorável à colheita, e
a produção está entre 48 e 52
sacas por hectare, conforme
avaliação do Imea (Instituto
Mato-Grossense de Economia
Agrícola). A área colhida atinge
3% do Estado.
COMERCIALIZAÇÃO
A comercialização também
avança bem em Mato Grosso.
Pelo menos 1,5 milhão de toneladas de soja já trocou de mãos
nos últimos 20 dias no Estado,
segundo Seneri Paludo, do
Imea. "O volume é realmente
significativo", diz ele.
ATITUDE AGRESSIVA
Os motivos da agilização das
vendas são a necessidade de pagamentos de contas por parte
dos produtores, preços atrativos e atitude um pouco mais
agressiva das tradings na comercialização.
RENDA LÍQUIDA
Seneri diz que a produção
média de Mato Grosso deve ficar em 50,7 sacas por hectare,
conforme previsão do Imea. Já
os preços giram de US$ 16 a
US$ 18 por saca no Estado. Na
avaliação dele, os preços atuais
indicam uma renda líquida de
R$ 50 a R$ 100 por hectare para
os produtores mato-grossenses.
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