DA REPORTAGEM LOCAL

O Itaú é considerado o mais eficiente banco brasileiro e, dizem analistas, por enquanto é o único grande banco nacional que atingiu níveis de eficiência de bancos internacionais.
No ano passado, baseada nos resultados do banco em 2003, a revista "The Banker", especializada em sistema financeiro e que elabora ranking internacional de instituições do setor, elegeu o Itaú o "melhor banco brasileiro". Já em dezembro de 2004, a mesma revista, em texto sobre o concorrente Bradesco, concluía que o maior banco privado brasileiro "precisa aprender algumas lições" com o Itaú.
Já elogiado até pela revista britânica "The Economist", o Itaú é também a "menina dos olhos" do mercado acionário brasileiro. O banco tem R$ 130,3 bilhões em ativos, bem menos do que os R$ 184,9 bilhões do concorrente Bradesco. Ainda assim, o valor de mercado do Itaú é maior.
Na prática, o valor das ações de uma empresa mostra a avaliação que o mercado faz dela. Quanto maior a capacidade de a empresa gerar lucros, na visão do mercado, maior será o valor de suas ações e, portanto, maior seu valor de mercado.
Ontem, conforme levantamento da Economática, o Itaú valia, de acordo com as cotações da Bolsa de Valores de São Paulo, cerca de R$ 45 bilhões. As ações do Bradesco valiam bem menos, com valor de mercado de aproximadamente R$ 33 bilhões.
Questionado sobre a possibilidade de o banco ser vendido para alguma instituição financeira estrangeira, devido a seus bons resultados, o presidente do Itaú, Roberto Setubal, disse que a instituição não está à venda.

Caro demais
Setubal disse que o banco vale algo em torno de US$ 20 bilhões, o que o tornaria "incomprável". "É muito dinheiro. Fica difícil até para um banco estrangeiro investir algo desse montante no mercado brasileiro", diz Setubal.
Para Erivelto Rodrigues, presidente da consultoria Austin Asis, a rentabilidade do Itaú, um dos diferenciais do banco, "vem de sua eficiência e um grande controle de custos, como mostra o seu balanço".


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