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Vale sobe até 71% preço do ferro vendido à China
DA REDAÇÃO
A Vale acertou um aumento de até 71% no preço do minério de ferro com a Baosteel, a principal siderúrgica
chinesa e que negocia pelas
empresas do país. A China é o
maior consumidor e produtor mundial de aço e, no ano
passado, importou 383 milhões de toneladas de minério de ferro, aumento de
17,4% ante 2006.
Como aconteceu nas negociações anteriores anunciadas nesta semana, a Vale,
maior produtora mundial da
commodity, fechou um aumento de 71% para o minério
de Carajás (Pará), de maior
qualidade. Nos demais casos,
o avanço foi de 65%.
A empresa brasileira
anunciou nos últimos dias
acertos com siderúrgicas como a japonesa Nippon Steel,
a alemã ThyssenKrupp e a
sul-coreana Posco.
De acordo com o analista
Alan Cardoso, da Prosper
Corretora, o aumento nos
preços obtidos pela mineradora brasileira representariam R$ 4,5 bilhões no seu faturamento no terceiro trimestre do ano passado -o
último divulgado pela empresa. No ano, isso significaria um aumento de receita de
mais de US$ 10 bilhões.
A Nippon Steel deve repassar aumento de 30% nos preços do aço, devido ao avanço
na cotação do minério de ferro, e a Posco pretende fazer o
mesmo. A alta também deve
ocorrer em setores que são
grandes consumidores de
aço, como o automobilístico.
Segundo a Bloomberg, a
China não vai aceitar que a
Rio Tinto cobre um preço superior pelo produto. A mineradora australiana, a segunda maior produtora de minério de ferro, deseja um valor
maior devido ao menor custo
do frete para a China. Tradicionalmente, as empresas
cobram um mesmo valor pela commodity. Em 2005, a
BHP Billiton, também australiana, tentou fazer o mesmo que a rival, mas fracassou
nas negociações.
A Chinalco, a estatal chinesa que recentemente adquiriu, ao lado da americana,
12% das ações da Rio Tinto
na Bolsa de Londres, afirmou que pretende fazer novas compras no exterior.
A compra de participação
na Rio Tinto foi vista como
uma tentativa do governo
chinês de bloquear a sua venda para a BHP, o que daria
muito poder para as duas
empresas nas negociações de
matérias-primas.
Com Reuters
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