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Projetos de álcool do PAC estão atrasados
Exportações do combustível caíram 14% em 2007, para 3,2 bilhões de litros
Um dos projetos importantes ao escoamento da produção, um duto ligando Goiânia ao porto de Paranaguá, não tem mais data para conclusão
HUMBERTO MEDINA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A frustração de expectativas
com o mercado de álcool teve
reflexos em projetos que constam do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Um
dos projetos importantes para
o escoamento da produção para o mercado externo, um duto
ligando Goiânia (GO) ao porto
de Paranaguá (PR), não tem
mais data para conclusão e agora é considerado "preocupante" (selo vermelho).
Até setembro do ano passado, a obra tinha um selo verde,
que caracteriza os projetos que
estão andando em ritmo adequado. Na ocasião, a expectativa do governo era que o duto, de
1.412 km, começasse a operar
em setembro de 2011. A Petrobras, responsável pela obra,
não incluiu o empreendimento
em seu plano de negócios. De
acordo com o governo, ainda
não foi confirmada a viabilidade econômica do negócio.
Outro duto de escoamento
de álcool, o que ligará a cidade
de Senador Canedo (GO) ao
porto de São Sebastião (SP), está atrasado. Em setembro do
ano passado, a expectativa era
que a obra ficasse pronta em
dezembro de 2010. Agora, não
há mais uma data precisa. O governo registra apenas que a
obra deverá ficar pronta "após
2010". Ainda assim, o projeto
foi classificado, no balanço divulgado em janeiro, com o selo
verde (andamento adequado).
O duto, se concluído, terá 1.171
km de extensão. A obra, a cargo
da Petrobras, está orçada em
R$ 2,42 bilhões.
A Petrobras informou que
não desistiu do duto ligando
Goiânia a Paranaguá. Segundo
a empresa, o projeto está em fase de avaliação e só entrará no
plano de negócios se tiver sua
viabilidade econômica confirmada. A empresa informou
ainda que seus projetos envolvendo álcool seguem normalmente dentro do cronograma
previsto para cada um.
As exportações de álcool caíram 14% -de 3,6 bilhões de litros em 2006 para 3,2 bilhões
de litros em 2007. Estudo do
BNDES admite possibilidade
de excedente de produção de
10% até 2010, a depender da
evolução do preço da gasolina.
A partir de 2010, segundo o
banco, deverá haver um longo
ciclo de crescimento sustentado, principalmente, pelo mercado interno.
No balanço do ano de 2007, a
CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) registrou que o setor sucroalcooleiro teve queda no valor do
preço de exportação tanto do
açúcar quanto do álcool. O motivo foi o aumento da oferta do
produto no mercado. Em 2006,
segundo a CNA, o valor da tonelada de açúcar foi negociado
a US$ 327 e o do álcool, a US$
587. No ano passado, os preços
caíram para US$ 263 e
US$ 523, respectivamente.
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