DA BLOOMBERG

Mohamed El-Erian, o maior administrador mundial de fundos de mercados emergentes, diz que a maior queda nos bônus das dívidas dos países emergentes nos últimos dez meses é uma boa oportunidade de compra.
À medida que os bônus dos países em desenvolvimento despencavam na semana passada, El-Erian adicionava títulos brasileiros e russos aos US$ 20 bilhões em dívida que ele administra na Pacific Investment Management.
A aposta de El-Erian é que a queda dos preços durará pouco, à medida que os investidores passem a se concentrar nas forças subjacentes.
"Temos aumentado nosso risco em mercados emergentes", disse ele em entrevista. "As pessoas se esquecem de que há uma razão que leva ao pagamento desses "spreads" e que isso ocorre porque você tem de estar disposto a assumir um pouco de volatilidade."
Ele ressalta a força do Brasil, país cuja economia está crescendo ao ritmo mais acelerado da última década, e do México, que está se expandindo à maior taxa desde 2000. "Os fundamentos econômicos e aqueles referentes ao crédito observados nos mercados emergentes melhoraram significativamente nos últimos anos", disse no mês passado a Fitch Ratings.
Ontem, os bônus dos mercados emergentes ampliaram sua queda da semana passada à medida que muitos investidores evitaram os ativos de maior risco, que estavam entre os de melhor desempenho em 2004.


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