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Mato Grosso perde com a chuva
HUDSON CORRÊA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE
Sojicultores de Mato Grosso, o
maior produtor de soja no Brasil,
estimam uma perda de 2 milhões
de toneladas do grão na safra deste ano somente no Estado.
Eles dizem que esse volume ainda não consta da estimativa, divulgada ontem pela Conab, que
apontou uma perda de quase 9
milhões de toneladas de soja no
Sul e em Mato Grosso do Sul.
Se a previsão dos sojicultores
mato-grossenses estiver correta, a
perda no Brasil chegará a quase 11
milhões de toneladas de soja, o
que reduzirá ainda mais a estimativa da safra de grãos neste ano.
A chuva que falta no Rio Grande
do Sul sobra em Mato Grosso.
Antônio Sérgio Rossani, presidente do Sindicato Rural de Sinop
(503 km ao norte de Cuiabá), disse que chove há 30 dias sem parar
na região, o que impede os produtores de fazer a colheita. "Ainda
não tínhamos colhido 35% [da
área plantada]", afirmou.
Com o excesso de chuva nas últimas semanas, os produtores não
podem pôr as colheitadeiras em
campo. Nesse estado de maturação, o grão de soja resiste até oito
dias, depois começa a fermentar
na vagem, diz Alexander Pozzobon, produtor rural de Sinop.
Os sojicultores dizem, então,
que a soja está ardida, ou seja, tem
muito volume, mas muito pouco
peso. "Grosso modo, seria como
colher isopor", diz Pozzobon.
Ele plantou soja em 11,5 mil hectares. Estima que pode perder até
40% (prejuízo de R$ 4,5 milhões).
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