DA FOLHA ONLINE

A Nossa Caixa fechou 2004 com lucro líquido de R$ 358,8 milhões, resultado 20,1% inferior ao de 2003, que somara R$ 449,3 milhões. Segundo o banco, a queda foi influenciada pelos gastos com ajustes na gestão de pessoal e pela redução na taxa básica de juros em relação a 2003, que saiu da média de 23% para 16,2% ao ano.
Em maio do ano passado, a Nossa Caixa adotou um PDV (Programa de Demissão Voluntária), que gerou despesa adicional de R$ 127 milhões. O PDV teve a adesão de 1.704 empregados.
Por outro lado, o banco conseguiu expandir os negócios e ampliar a carteira de operações de crédito em 27,5%, de R$ 3,82 bilhões para R$ 4,87 bilhões. O avanço da carteira foi influenciado principalmente pelos financiamentos para as pessoas físicas.
Segundo o presidente do banco, Carlos Eduardo Monteiro, esse desempenho está em linha com a estratégia da Nossa Caixa de expandir a base de clientes e consolidar sua posição no Estado de São Paulo como banco de varejo.
"É um banco que tem grande capacidade de conceder crédito. Passamos por uma série de ajustes em 2004 e colocamos em prática um plano de reposicionamento no mercado. Agora estamos trabalhando para expandir nossa atuação no Estado."
As receitas de prestação de serviços -que incluem ganhos com a cobrança de tarifas- cresceram 35,5% em relação a 2003, totalizando R$ 437 milhões.
"O banco tem hoje o foco na área comercial e, em 2004, nossa preocupação foi criar toda a infra-estrutura para produzirmos resultados consistentes ao longo do tempo", disse Monteiro.
A Nossa Caixa encerrou 2004 com ativos totais de R$ 31,3 bilhões, 13,5% superiores a 2003. O patrimônio líquido cresceu 18,6% e atingiu R$ 2,1 bilhões.
A instituição, voltada principalmente para as pessoas físicas, terminou o ano passado com 4,2 milhões de clientes.


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