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Poder de fundação na aérea é criticado
DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DO RIO
Uma das principais críticas feitas à Varig é à sua estrutura de
gestão. A companhia aérea é controlada pela Fundação Ruben
Berta e todas as decisões da empresa têm que passar pelo crivo
dos curadores da FRB.
Esses sete curadores são eleitos
por mais de cem membros do colégio deliberante da fundação,
que, por sua vez, também são escolhidos pelos funcionários das
empresas da FRB, como a Varig.
A quantidade de membros do
colégio é proporcional à quantidade de funcionários dessas empresas. O conselho de administração da aérea, que indica o presidente da Varig, é eleito pela FRB.
Essa estrutura é criticada porque não permitiu o enxugamento
de custos da companhia aérea
quando foi necessário.
"Ajustes necessários, como os
trabalhistas, sempre esbarraram
na questão política. A FRB era
controlada por duas centenas de
gerentes sênior da empresa que
não tinham interesse na reestruturação porque seria cortar na
própria carne", diz Nelson Bastos,
da consultoria Integra, que foi
membro do conselho de administração da Varig de 1995 a 1999.
Os membros da FRB, por seu lado, defendem que a fundação tem
um papel social e lembram a forte
atuação contrária dos sindicatos
sempre que se fala em demissão.
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