São Paulo, domingo, 23 de abril de 2006

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Poder de fundação na aérea é criticado

DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DO RIO

Uma das principais críticas feitas à Varig é à sua estrutura de gestão. A companhia aérea é controlada pela Fundação Ruben Berta e todas as decisões da empresa têm que passar pelo crivo dos curadores da FRB.
Esses sete curadores são eleitos por mais de cem membros do colégio deliberante da fundação, que, por sua vez, também são escolhidos pelos funcionários das empresas da FRB, como a Varig.
A quantidade de membros do colégio é proporcional à quantidade de funcionários dessas empresas. O conselho de administração da aérea, que indica o presidente da Varig, é eleito pela FRB.
Essa estrutura é criticada porque não permitiu o enxugamento de custos da companhia aérea quando foi necessário.
"Ajustes necessários, como os trabalhistas, sempre esbarraram na questão política. A FRB era controlada por duas centenas de gerentes sênior da empresa que não tinham interesse na reestruturação porque seria cortar na própria carne", diz Nelson Bastos, da consultoria Integra, que foi membro do conselho de administração da Varig de 1995 a 1999.
Os membros da FRB, por seu lado, defendem que a fundação tem um papel social e lembram a forte atuação contrária dos sindicatos sempre que se fala em demissão.


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