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Placar foi apertado, mas opção por
segurar os 18,5% venceu por 5 a 3
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Pela segunda vez no ano a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) não foi unânime.
Foram cinco votos a favor da manutenção da meta da taxa básica
em 18,5%, contra três que preferiam reduzir os juros.
O placar da reunião que terminou ontem foi o inverso da reunião de fevereiro, quando cinco
dos integrantes da diretoria colegiada do BC votaram por cortar
os juros (de 19% para 18,75%), enquanto três queriam manter a taxa inalterada.
De acordo com a resolução do
CMN (Conselho Monetário Nacional) que instituiu o Copom,
em caso de empate, o presidente
do BC, que comanda também o
Comitê, tem o chamado voto qualitativo, que decide a questão.
Desde 99, quando Armínio Fraga
assumiu a presidência da instituição, essa é a quinta vez que a decisão não é unânime.
Em 1999, não houve nenhuma
divergência. Mas no ano seguinte,
foram três reuniões seguidas em
que o placar ficou em sete a um,
nos meses de abril, maio e junho.
Nos dois primeiros meses, a taxa
ficou inalterada em 18,5%. Em junho, foi reduzida para 17,5%.
O BC anunciou também que, a
partir deste mês, a segunda sessão
da reunião do Copom -sempre
às terças e quartas por volta do dia
20- será encerrada entre 13h e
14h, no intervalo do mercado financeiro para o almoço. Até o
mês passado, a segunda sessão
era concluída somente à noite,
após o fechamento do mercado.
Outra mudança é em relação ao
dia de divulgação da ata do Copom, documento no qual o BC
detalha todos os motivos que balizaram a decisão da diretoria colegiada. Já na semana que vem a ata
estará disponível para o público,
na página do BC na internet
(www.bcb.gov.br), a partir das
13h30 de quarta-feira, prazo (de uma semana) que será mantido
para as próximas reuniões do Comitê. Até o mês passado, a ata era
divulgada sempre na manhã da quinta-feira da semana subsequente à da reunião do Comitê.
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