São Paulo, quinta-feira, 23 de maio de 2002

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Placar foi apertado, mas opção por segurar os 18,5% venceu por 5 a 3

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Pela segunda vez no ano a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) não foi unânime. Foram cinco votos a favor da manutenção da meta da taxa básica em 18,5%, contra três que preferiam reduzir os juros.
O placar da reunião que terminou ontem foi o inverso da reunião de fevereiro, quando cinco dos integrantes da diretoria colegiada do BC votaram por cortar os juros (de 19% para 18,75%), enquanto três queriam manter a taxa inalterada.
De acordo com a resolução do CMN (Conselho Monetário Nacional) que instituiu o Copom, em caso de empate, o presidente do BC, que comanda também o Comitê, tem o chamado voto qualitativo, que decide a questão. Desde 99, quando Armínio Fraga assumiu a presidência da instituição, essa é a quinta vez que a decisão não é unânime.
Em 1999, não houve nenhuma divergência. Mas no ano seguinte, foram três reuniões seguidas em que o placar ficou em sete a um, nos meses de abril, maio e junho. Nos dois primeiros meses, a taxa ficou inalterada em 18,5%. Em junho, foi reduzida para 17,5%.
O BC anunciou também que, a partir deste mês, a segunda sessão da reunião do Copom -sempre às terças e quartas por volta do dia 20- será encerrada entre 13h e 14h, no intervalo do mercado financeiro para o almoço. Até o mês passado, a segunda sessão era concluída somente à noite, após o fechamento do mercado.
Outra mudança é em relação ao dia de divulgação da ata do Copom, documento no qual o BC detalha todos os motivos que balizaram a decisão da diretoria colegiada. Já na semana que vem a ata estará disponível para o público, na página do BC na internet (www.bcb.gov.br), a partir das 13h30 de quarta-feira, prazo (de uma semana) que será mantido para as próximas reuniões do Comitê. Até o mês passado, a ata era divulgada sempre na manhã da quinta-feira da semana subsequente à da reunião do Comitê.



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