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Brasileiros batem recorde de tempo de navegação na internet
DA REDAÇÃO
O brasileiro ficou em média
21 horas e 44 minutos navegando na internet em abril e bateu
o recorde histórico de tempo de
acesso desde que a pesquisa do
Ibope/NetRatings começou a
ser feita, em setembro de 2000.
Os 25 milhões de brasileiros
que acessam a internet de casa
navegaram 49 minutos a mais
do que em março -aumento de
3,9%. A primeira vez que o país
chegou ao topo da lista foi em
abril de 2005, com 15 horas e 14
minutos on-line, mas pelo menos desde abril do ano passado
não saía da liderança.
Segundo o coordenador da
pesquisa do Ibope/NetRatings,
Alexandre Sanches Magalhães,
a liderança prolongada é resultado do uso que fazemos da internet. "Não somos consumidores de notícias. Freqüentamos comunidades e usamos
programas de bate-papo, que
demandam maior tempo de navegação."
A pesquisa mostra que os sites mais visitados foram MSN/
Windows Live (79,5%), Google
(68,4%) e Microsoft (91,2%).
Outro fator apontado por
Magalhães para o grande tempo de permanência on-line é o
uso de conexões rápidas, que
gera aumento proporcional do
tempo de navegação.
Segundo os dados da Pnad
(Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) de 2005, do
IBGE, a quantidade de pessoas
que usam a internet pelo menos uma vez por dia passa de
17,5% entre os usuários de conexão discada para 57,6% entre
os que têm banda larga.
A pesquisa já mostrava, em
2005, que o uso de banda larga
(41,2%) estava próximo do da
conexão discada (52,1%).
"Além de ser mais barato, por
ter custo fixo, é difícil que as
pessoas mantenham a conexão
discada se já usaram a rápida
[banda larga]", diz Magalhães.
Outro fator que contribui para o maior tempo de acesso é a
popularização dos computadores devido à desvalorização do
dólar e aos incentivos governamentais. Segundo a Abinee (Associação Brasileira da Indústria
Elétrica e Eletrônica), foi vendido 1,998 milhão de computadores no primeiro trimestre
deste ano, 21% a mais do que no
mesmo período de 2006.
O limite da voracidade do
brasileiro na internet deve diminuir, segundo Magalhães,
quando o acesso se diversificar
para celulares e notebooks, o
que já ocorre no Japão.
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