São Paulo, quarta-feira, 23 de maio de 2007

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Brasileiros batem recorde de tempo de navegação na internet

DA REDAÇÃO

O brasileiro ficou em média 21 horas e 44 minutos navegando na internet em abril e bateu o recorde histórico de tempo de acesso desde que a pesquisa do Ibope/NetRatings começou a ser feita, em setembro de 2000.
Os 25 milhões de brasileiros que acessam a internet de casa navegaram 49 minutos a mais do que em março -aumento de 3,9%. A primeira vez que o país chegou ao topo da lista foi em abril de 2005, com 15 horas e 14 minutos on-line, mas pelo menos desde abril do ano passado não saía da liderança.
Segundo o coordenador da pesquisa do Ibope/NetRatings, Alexandre Sanches Magalhães, a liderança prolongada é resultado do uso que fazemos da internet. "Não somos consumidores de notícias. Freqüentamos comunidades e usamos programas de bate-papo, que demandam maior tempo de navegação."
A pesquisa mostra que os sites mais visitados foram MSN/ Windows Live (79,5%), Google (68,4%) e Microsoft (91,2%).
Outro fator apontado por Magalhães para o grande tempo de permanência on-line é o uso de conexões rápidas, que gera aumento proporcional do tempo de navegação.
Segundo os dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) de 2005, do IBGE, a quantidade de pessoas que usam a internet pelo menos uma vez por dia passa de 17,5% entre os usuários de conexão discada para 57,6% entre os que têm banda larga.
A pesquisa já mostrava, em 2005, que o uso de banda larga (41,2%) estava próximo do da conexão discada (52,1%). "Além de ser mais barato, por ter custo fixo, é difícil que as pessoas mantenham a conexão discada se já usaram a rápida [banda larga]", diz Magalhães.
Outro fator que contribui para o maior tempo de acesso é a popularização dos computadores devido à desvalorização do dólar e aos incentivos governamentais. Segundo a Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), foi vendido 1,998 milhão de computadores no primeiro trimestre deste ano, 21% a mais do que no mesmo período de 2006.
O limite da voracidade do brasileiro na internet deve diminuir, segundo Magalhães, quando o acesso se diversificar para celulares e notebooks, o que já ocorre no Japão.


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