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Crise ajuda FMI a
ter lucro após três
anos de prejuízos
Fundo registra ganhos de US$ 126 mi, após elevar
concessão de empréstimo a países em dificuldade
DA REDAÇÃO
Com a crise ganhando força e
se alastrando para os países
emergentes no ano passado
(que tiveram que recorrer a
empréstimos externos), o FMI
(Fundo Monetário Internacional) voltou a ter lucro, após três
anos consecutivos de prejuízo.
O Fundo teve lucro de cerca
de US$ 126 milhões no ano fiscal de 2009 (período de 12 meses encerrado no último dia 30
de abril), ante uma previsão inicial de prejuízo de aproximadamente US$ 292 milhões. A entidade perdeu US$ 89 milhões
no ano fiscal anterior.
De acordo com o próprio organismo, o resultado positivo
foi motivado pelo aumento dos
empréstimos, devido à crise
global, e por ganhos maiores do
que o esperado com investimentos em títulos de renda fixa. E a projeção para o atual ano
fiscal é de um novo lucro: US$
446 milhões. Só que ele pode
ser ainda maior e superar a casa
de US$ 1 bilhão, caso se confirmem os financiamentos que
estão sendo negociados com
países-membros.
A crise não só fez o Fundo retomar a sua posição no centro
das discussões econômicas globais como também fez com que
ele recuperasse suas finanças.
Historicamente, os empréstimos concedidos a países em dificuldades são uma das principais fontes de receita do organismo, mas ela vinha secando
devido aos anos seguidos de
crescimento da economia global, em que países como o Brasil anteciparam a quitação das
suas dívidas.
O cenário de crescimento
global fez com que o FMI, sob o
comando do diretor-geral, Dominique Strauss-Kahn (que assumiu em 2007), tivesse que
cortar gastos e aumentar receita: 380 funcionários (de um total de 2.900) aceitaram o programa de demissão voluntária e
foi aprovada a venda de 403 toneladas de ouro de suas reservas para pôr as contas em dia.
Agora, porém, esse cenário
mudou: desde a eclosão do
agravamento da crise (em setembro de 2008), o FMI já firmou acordos com vários países,
como México, Hungria, Letônia e Ucrânia, o que deve fazer
com que que o lucro não fique
restrito ao atual ano fiscal. No
plano internacional, também
houve mudanças, com o G20
prometendo mais US$ 500 bilhões para o FMI conceder empréstimos.
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