DA REDAÇÃO

O índice Dow Jones, principal indicador do mercado acionário norte-americano e mundial, viveu um dia de montanha-russa ontem, alterando grandes perdas com ganhos modestos. Mas, ao final do pregão, o índice estava abaixo de 8.000 pontos e no menor patamar registrado desde outubro de 1998.
Depois de nove semanas consecutivas de quedas, os analistas dizem que as Bolsas entraram em uma espiral descendente. O Dow Jones caiu ontem 2,93%, para 7.784 pontos, nível não visto nem no pós-ataques de 11 de setembro.
"As pessoas estão atirando primeiro e fazendo perguntas depois", disse Charles Crane, estrategista da corretora Victory SBSF Capital Management.
A Bolsa tecnológica Nasdaq caiu 2,8%. Já o índice Standard & Poor's, que lista as 500 maiores empresas dos Estados Unidos, caiu 3,3%. A última vez em que os três principais índices do país subiram, de maneira conjunta, foi no dia 17 de maio.
O novo dia negro ocorreu depois de a WorldCom, segunda maior empresa de telecomunicações dos EUA, ter entrado em concordata. Ontem também surgiram revelações de que bancos teriam sido coniventes com as falcatruas contábeis da empresa energética Enron, que quebrou em dezembro passado.
Ainda que o pedido de concordata já fosse esperado, ele expôs o tamanho das perdas que os credores da companhia devem sofrer. Entre as ações que mais caíram ontem estão a dos bancos Citigroup (tombo de 11%) e JP Morgan (queda de 6%), que têm US$ 17,2 bilhões em títulos da tele. Ambos os bancos estão envolvidos nas denúncias do caso Enron.
Outras empresas que sofreram grande desvalorização ontem foram a Microsoft, que caiu 6,6%, e a IBM, cujas ações recuaram 4,9%. Toda a indústria de informática prevê queda nas vendas nos próximos meses.



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