São Paulo, terça-feira, 23 de julho de 2002

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COMÉRCIO EXTERIOR

Queda maior nas importações garante resultado no ano

Balança já tem superávit de US$ 3,5 bi

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A balança comercial acumulou um superávit de US$ 3,509 bilhões até a semana passada, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento. No primeiro semestre, a Petrobras foi a principal empresa exportadora, superando a Embraer e a Companhia Vale do Rio Doce.
Na semana passada, a balança comercial teve saldo positivo de US$ 139 milhões. Apesar da queda de 13,4% nas exportações no primeiro semestre do ano, o país acumula saldo positivo devido à queda de 22,6% nas importações no primeiro semestre.
A queda de 34% nas vendas da Embraer e de 8% no preço do minério de ferro no mercado internacional permitiu que a Petrobras ultrapassasse as duas empresas.
Apesar de ser uma das principais importadoras, a Petrobras também produz um tipo de petróleo, que não é consumido no Brasil, destinado apenas ao mercado externo.
A queda nas vendas da Embraer contribuiu para melhorar o saldo comercial com os EUA no primeiro semestre, que cresceu de um superávit de US$ 339 milhões, de janeiro a junho de 2001, para US$ 1,873 bilhão nos seis primeiros meses deste ano.
De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior, o saldo com os americanos melhorou porque a Embraer diminui as importações de motores e turbinas dos EUA para a fabricação de aviões.
No primeiro semestre houve redução nas vendas para os principais mercados exernos, em especial para a Argentina, de 66%, e para a União Européia, de 18,5%.
Segundo Ramalho, a forte queda nas vendas para os europeus é resultado da diminuição da demanda naquela região, já que foram afetadas as exportações tanto de produtos básicos como as de semimanufaturados, ou seja, produtos intermediários utilizados pelas indústrias.
Na semana passada, o país exportou US$ 1,196 bilhão e importou US$ 1,057 bilhão. As exportações tiveram aumento de 21% na terceira semana de julho e as importações, queda de 3,6% em comparação com o mesmo período do ano passado.
De acordo com o secretário-adjunto de Comércio Exterior, Ivan Ramalho, o fluxo das importações e das exportações entre os dias 15 e 21 de julho indica que o comércio já não está mais sendo afetado pela greve dos fiscais da Receita Federal, que durou cerca de três meses.
Na semana retrasada, o superávit comercial ficou em US$ 712 milhões por causa do embarque atrasado de mercadorias que estavam paradas nos portos.



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