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COMÉRCIO EXTERIOR
Queda maior nas importações garante resultado no ano
Balança já tem superávit de US$ 3,5 bi
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A balança comercial acumulou
um superávit de US$ 3,509 bilhões até a semana passada, segundo dados do Ministério do
Desenvolvimento. No primeiro
semestre, a Petrobras foi a principal empresa exportadora, superando a Embraer e a Companhia
Vale do Rio Doce.
Na semana passada, a balança
comercial teve saldo positivo de
US$ 139 milhões. Apesar da queda de 13,4% nas exportações no
primeiro semestre do ano, o país
acumula saldo positivo devido à
queda de 22,6% nas importações
no primeiro semestre.
A queda de 34% nas vendas da
Embraer e de 8% no preço do minério de ferro no mercado internacional permitiu que a Petrobras
ultrapassasse as duas empresas.
Apesar de ser uma das principais importadoras, a Petrobras
também produz um tipo de petróleo, que não é consumido no
Brasil, destinado apenas ao mercado externo.
A queda nas vendas da Embraer
contribuiu para melhorar o saldo
comercial com os EUA no primeiro semestre, que cresceu de um
superávit de US$ 339 milhões, de
janeiro a junho de 2001, para US$
1,873 bilhão nos seis primeiros
meses deste ano.
De acordo com a Secretaria de
Comércio Exterior, o saldo com
os americanos melhorou porque
a Embraer diminui as importações de motores e turbinas dos
EUA para a fabricação de aviões.
No primeiro semestre houve redução nas vendas para os principais mercados exernos, em especial para a Argentina, de 66%, e
para a União Européia, de 18,5%.
Segundo Ramalho, a forte queda nas vendas para os europeus é
resultado da diminuição da demanda naquela região, já que foram afetadas as exportações tanto
de produtos básicos como as de
semimanufaturados, ou seja, produtos intermediários utilizados
pelas indústrias.
Na semana passada, o país exportou US$ 1,196 bilhão e importou US$ 1,057 bilhão. As exportações tiveram aumento de 21% na
terceira semana de julho e as importações, queda de 3,6% em
comparação com o mesmo período do ano passado.
De acordo com o secretário-adjunto de Comércio Exterior, Ivan
Ramalho, o fluxo das importações e das exportações entre os
dias 15 e 21 de julho indica que o
comércio já não está mais sendo
afetado pela greve dos fiscais da
Receita Federal, que durou cerca
de três meses.
Na semana retrasada, o superávit comercial ficou em US$ 712 milhões por causa do embarque atrasado de mercadorias que estavam paradas nos portos.
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