DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo adotou ontem um discurso conciliador com a operadora de telefonia móvel TIM (Telecom Italia Mobile) e irá negociar com a empresa saídas para que ela comece a operar telefonia celular em todo o país.
"Vamos fazer todos os esforços para que a TIM possa operar", disse ontem Luiz Guilherme Schymura, presidente da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).
Representantes da TIM se reúnem nesta semana com a Anatel para discutir possibilidades para entrar em operação. Na semana passada, o Ministério das Comunicações divulgou nota informando que a TIM fazia parte da operadora de telefonia fixa Brasil Telecom, e o presidente da Anatel havia dito que a TIM só poderia operar se sua controladora, a Telecom Italia, deixasse o controle da empresa de telefonia fixa.
Ontem, Schymura disse que a Anatel vai tentar encontrar uma saída "dentro da lei". Ele disse que nunca fechou as portas para negociação. "A empresa [Telecom Italia" é que não estava me procurando", disse Schymura.
Na semana passada, a TIM informou que iria lutar pelo direito de operar telefonia celular. A empresa pagou R$ 1,9 milhão pelas autorizações no início do ano passado e só aguarda a autorização da Anatel para começar a operar.
Pela regulamentação do setor, se a Telecom Italia não sair do grupo de controle da Brasil Telecom, a TIM só poderá operar telefonia celular em 2004, ou quando a Brasil Telecom cumprir as metas contratuais de universalização (instalação de telefones) de 2003.
No fim de junho, a TIM apresentou requerimento ao Ministério das Comunicações informando que não fazia parte da Brasil Telecom e que, assim, poderia operar telefonia móvel. O Ministério encaminhou o requerimento à Anatel, que informou que a TIM fazia parte do grupo de controle da operadora.



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