São Paulo, terça-feira, 23 de julho de 2002

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ENERGIA

PPL pedia aumento de tarifa

Grupo americano põe à venda energética do MA

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os investidores que controlam a distribuidora de energia Cemar (Companhia Energética do Maranhão) anunciaram ontem que vão vender a empresa. O grupo norte-americano PPL pretende vender a empresa por causa dos prejuízos causados pelo racionamento e por falhas no funcionamento do MAE (Mercado Atacadista de Energia Elétrica).
A proposta de venda tem de ser aprovada pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que está analisando o assunto. A Aneel não pode proibir a venda da empresa, mas pode vetar os compradores.
O grupo afirma que a situação da empresa se tornou insustentável porque a Aneel recusou novo aumento extra no preço da energia vendida pela distribuidora.
"Nossa equipe trabalhou com autoridades governamentais, credores e debenturistas durante quase um ano para recuperar a saúde financeira da Cemar, depois do impacto da seca prolongada, do racionamento imposto pelo governo e das falhas do mercado atacadista de energia elétrica no Brasil", disse William F. Hecht, presidente do grupo, em nota oficial. "Infelizmente, a recusa da Aneel em conceder a revisão tarifária, nos deixou sem escolha", disse Hecht.
A Aneel fiscalizou as contas da Cemar, que atende 5,4 milhões de consumidores no Maranhão, entre 18 de março e 5 de abril. Para a agência, a concessão de reajuste extraordinário de tarifa deveria estar condicionada a um desequilíbrio econômico-financeiro da empresa e não a dificuldades de curto prazo que foram constatadas. A Aneel entendeu que o grupo PPL precisava fazer novos aportes de capital ou melhorar a gestão.
O grupo informou que as perdas financeiras com o racionamento e o não-pagamento da energia vendida no MAE resultaram em uma queda significativa dos resultados em 2001.



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