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Novo caso pode ter conexão com Usimar, avalia Ministério Público
MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM
O Ministério Público Federal deve desmembrar o inquérito que investiga o doleiro José Samuel Benzecry e apura depósitos de R$ 2,4 milhões da Usimar na conta
da Logística, empresa que teria "a única finalidade de receber depósitos de terceiros para, em seguida, transferir os recursos à Bombril", segundo o relatório do BC.
O inquérito corre sob segredo de Justiça na 4ª Vara Federal, em Belém, e apura fraude contra o sistema financeiro, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
Benzecry era dono da Casa de Câmbio Cruzeiro que funcionava em Belém até o ano passado e foi fechada após o pedido de prisão do doleiro, segundo o seu advogado Amauri Pérez.
O doleiro conseguiu autorização da Justiça para responder o processo em liberdade e mudou-se para o Rio de Janeiro. Não foi localizado ontem.
Os promotores que investigam fraudes na extinta Sudam (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia) descobriram que R$ 2,4 milhões dos R$ 44 milhões desviados do projeto Usimar foram parar na conta da Logística por meio de cheques encontrados na Cruzeiro.
O inquérito também apura envolvimento do empresário do Pará Marcos Marcelino com o doleiro em remessas para o exterior.
Segundo a "Veja", Marcelino
depositava dinheiro nas contas
das empresas Logística e Hard Sell
e também fez três depósitos diretamente nas contas da Bombril
em maio de 2000, no valor de R$
624 mil. Marcelino não foi localizado ontem pela Agência Folha.
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