São Paulo, terça-feira, 23 de julho de 2002 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
O VAIVÉM DAS COMMODITIES Preços sobem... Os preços dos produtos agrícolas pagos aos produtores subiram 2,41% na terceira quadrissemana deste mês (últimos 30 dias em relação aos 30 dias anteriores) no Estado de São Paulo, contra a alta de 1,45% registrada na semana passada, segundo o IEA (Instituto de Economia Agrícola). Essa é a maior alta desde o reajuste da última semana de maio (3,09%). ...com estiagem nos EUA Os produtos que mais subiram nos últimos 30 dias foram a batata (24,25%) e a soja (14,78%). Segundo o IEA, a soja está, cerca de, 20,8% mais cara na comparação com o mesmo período do ano passado, devido principalmente à estiagem que vem ocorrendo nas lavouras norte-americanas -maior produtor mundial. Produção argentina A estimativa da produção agrícola argentina para a safra 2002/03 foi reduzida em 20 milhões de toneladas em relação a safra 2001/ 02. Segundo a consultoria MPrado, o grande endividamento do setor agrícola e principalmente a escassez de crédito são os principais fatores para a redução da safra. Além disso, a desvalorização do peso elevou os custos de produção. Surpresa com o milho A Secretaria de Agricultura da Argentina elevou a estimativa de produção de milho para 14,7 milhões de toneladas. As estimativas iniciais apontavam uma produção de apenas 13 milhões de toneladas, segundo a MPrado. Se concretizada, essa produtividade irá superar as expectativas, já que as lavouras foram prejudicadas no início do plantio com o elevado volume de chuvas, que impediu o semeadura de parte da área. Condições das lavouras Nova queda nas condições das lavouras norte-americanas. Segundo o relatório do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), apenas 43% das plantações de soja estão em condições ótimas e boas, contra 50% no relatório da semana passada. As previsões ainda indicam temperaturas altas para esta semana. Queda histórica Segundo a Agência Rural, de Curitiba, esta é a quarta semana consecutiva que as condições das lavouras norte-americanas caem, devido ao clima quente e seco que está predominando no cinturão de produção dos Estados Unidos. Os atuais índices só não são piores do que os registrados em 1993, quando o Meio-Oeste daquele país foi castigado pela enchente do rio Mississipi. Reajustes em Chicago Com a confirmação da permanência do clima seco e quente nas regiões produtoras dos EUA, a cotação do primeiro contrato (agosto) da soja na Bolsa de Chicago subiu 3,2% ontem, passando para 593,75 centavos de dólar por bushel (27,2 quilos). Neste mês, o produto acumula alta de 20%. O milho subiu 4,8% ontem, acumulando aumento de 17% neste mês. El Niño O Conselho Técnico de Defesa Civil (Contec), do Rio Grande do Sul, se reúne na quinta-feira para avaliar e prevenir a possibilidade da chegada do El Niño à região Sul do país, entre agosto e outubro. A maior preocupação, entre as consequências trazidas pelo El Niño, são as intensas chuvas. e-mail: akianek@folhasp.com.br Texto Anterior: Mercado financeiro: Dólar vai a R$ 2,906, novo recorde do real Próximo Texto: AGROFOLHA Comércio: Brasil deixa de ganhar US$ 2 bi com couro Índice |
|