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RETOMADA
Maioria das novas vagas tem remuneração inferior a um salário mínimo
Novo trabalho paga menos que R$ 260
DA SUCURSAL DO RIO
O crescimento do emprego nas
seis maiores regiões metropolitanas do país em junho deu-se basicamente por meio da criação de
vagas com uma remuneração inferior a um salário mínimo (R$
260), segundo os dados do IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística).
Em junho deste ano, foram criadas 589 mil novas vagas nas seis
áreas abrangidas pela pesquisa
em relação a junho do ano passado- um aumento de 3,3% no total de trabalhadores.
Entretanto, 454 mil destes novos empregados tinham remuneração menor do que um salário
mínimo/hora por hora trabalhada. Isso significa que 77,1% daqueles que conseguiram um emprego no período receberam menos de um salário mínimo proporcionalmente às horas que trabalharam.
Na avaliação do diretor do Instituto de Economia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), João Sabóia, este fenômeno
explica o fato de a renda ainda estar em queda, embora em trajetória de recuperação.
Em junho deste ano, a renda
média caiu 0,5% em relação a junho do ano passado, já descontada a inflação do período -a menor redução já apurada desde o
início da série histórica do indicador, em março de 2003.
Na média, cada trabalhador recebeu o equivalente a 3,5 salários
mínimos (R$ 886,60). Em relação
a maio, a renda média aumentou
1,8%, após ter caído nos dois meses anteriores.
O contingente de trabalhadores
que não chegou a receber um salário mínimo também aumentou
em relação ao total de ocupados.
Este grupo passou a responder
por 15,5% do total de trabalhadores em junho deste ano. No mesmo período do ano passado, eles
eram 13,5%.
O salário mínimo subiu para R$
260 em 1º de maio deste ano. Em
2003, o mínimo foi reajustado em
20% e passou de R$ 200 para R$
240.
(APG)
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