DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo ampliou a quantidade de membros do conselho de administração do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para acomodar indicações dos ministérios da Fazenda e do Trabalho. Para isso, o número total de conselheiros subiu de oito para dez.
O ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) é o presidente do conselho e está incluído entre seus dez componentes. Além dos dez integrantes, também participa do conselho o presidente do BNDES, Carlos Lessa, que exerce o cargo de vice-presidente do conselho.
Os conselheiros do BNDES recebem 10% do salário médio dos diretores. As quantias são pagas aos conselheiros trimestralmente. O banco não informou o salário médio dos diretores, mas a Folha apurou que é de aproximadamente R$ 30 mil.
Continuam indicando membros para o conselho do banco os ministérios do Planejamento (uma vaga, ocupada pelo próprio ministro Guido Mantega) e Desenvolvimento, que nomeia o restante das vagas. Geralmente, essas vagas restantes são divididas entre representantes dos trabalhadores e dos empresários.
Em janeiro de 2003, a Folha publicou que o governo usava os conselhos das estatais para engordar salários de ministros e membros do segundo escalão. Na ocasião, o governo disse que editaria regulamentação sobre o uso dos conselhos, o que não ocorreu. (HUMBERTO MEDINA)


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