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Investimento estrangeiro se recupera
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Depois de forte queda registrada em maio, o fluxo de investimento estrangeiro direto para o
Brasil apresentou recuperação no
mês passado, segundo dados do
Banco Central. Entre um mês e
outro, o ingresso de recursos externos passou de US$ 207 milhões
para US$ 737 milhões.
No primeiro semestre, o país recebeu US$ 4,044 bilhões em investimentos estrangeiros. Apesar de
o resultado ter ficado abaixo do
esperado, o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, diz que, até o final do
ano, esse valor deve chegar a US$
12 bilhões. Projeções de mercado
apontam para o ingresso de US$
10 bilhões, valor próximo aos US$
10,144 bilhões de 2003.
Lopes afirma que, nos últimos
meses, houve uma queda nos investimentos por causa da turbulência enfrentada pelos mercados
financeiros internacionais.
Segundo o funcionário do BC, a
entrada de recursos deve aumentar de agora em diante.
Neste mês, de acordo com dados parciais fechados ontem, o
país recebeu US$ 900 milhões em
investimentos estrangeiros -valor que, de acordo com o BC, deve
subir para US$ 1,2 bilhão até o
próximo dia 31.
Rolagem de dívidas
Além do maior ingresso de investimentos, houve um aumento
na renovação das dívidas contraídas pelo setor privado no exterior.
Em junho, apenas 28% dos vencimentos do período foram renovados. "Foi uma conjugação de problemas. A expectativa em torno
dos juros dos Estados Unidos levou a uma paralisação no fluxo de
recursos para países emergentes",
afirma Lopes.
Até o mês passado, havia dúvidas em relação ao rumo que os juros norte-americanos tomariam.
No final de junho, o Federal Reserve (o banco central dos EUA)
promoveu uma elevação de 0,25
ponto percentual na taxa. Após o
anúncio, as oscilações do mercado se reduziram.
Neste mês, segundo dados consolidados ontem, a taxa de rolagem dos compromissos externos
já havia subido para 52%. Neste
ano, de acordo com projeção feita
pelo BC, essa proporção deve ficar
em 96% -no primeiro semestre,
a taxa foi de 81%.
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