São Paulo, quinta-feira, 23 de julho de 2009

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Ação do BC está entre as menos agressivas

ÁLVARO FAGUNDES
DA REDAÇÃO

Com o corte de ontem, o Banco Central reduziu os juros em cinco pontos percentuais desde o agravamento da crise, em setembro de 2008, o que o situa entre os que mais diminuíram a taxa em termos absolutos. Porém, em porcentagem (comparando o nível atual com o pré-15 de setembro), a ação do BC brasileiro é uma das menos agressivas entre os seus pares.
A Selic é hoje 36,4% menor que a de antes da quebra do banco de investimento americano Lehman Brothers (que desencadeou a piora da economia global), mas o corte acumulado do juros promovido pelo BC é só o 40º maior entre as 50 maiores economias mundiais que têm taxa básica.
A liderança no corte está com as economias desenvolvidas (como EUA, Japão e zona do euro), onde a crise teve início e a queda nos juros começou ainda antes de os problemas no sistema financeiro americano se espalharem pelo resto do mundo. A taxa nesses países está atualmente próxima de zero.
Mas na América Latina, onde o início dos cortes nos juros começou praticamente ao mesmo tempo -entre dezembro de 2008 e janeiro-, é possível encontrar reduções mais acentuadas que a brasileira, ainda que a taxa nominal do Brasil só fosse menor que a da Turquia em setembro (levando em conta as maiores economias mundiais). Chile e Colômbia não só cortaram nominalmente mais que o Brasil (7,75 e 5,5 pontos percentuais, respectivamente) como também o BC chileno aparece em segundo entre os mais contundentes em termos percentuais, só atrás do sueco.
Menos agressivo que o Banco Central brasileiro só aparecem os de países como China, Rússia, Romênia, Hungria, Marrocos, Egito e Paquistão.


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