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Ação do BC está entre as menos agressivas
ÁLVARO FAGUNDES
DA REDAÇÃO
Com o corte de ontem, o Banco Central reduziu os juros em
cinco pontos percentuais desde
o agravamento da crise, em setembro de 2008, o que o situa
entre os que mais diminuíram a
taxa em termos absolutos. Porém, em porcentagem (comparando o nível atual com o pré-15 de setembro), a ação do BC
brasileiro é uma das menos
agressivas entre os seus pares.
A Selic é hoje 36,4% menor
que a de antes da quebra do
banco de investimento americano Lehman Brothers (que
desencadeou a piora da economia global), mas o corte acumulado do juros promovido pelo BC é só o 40º maior entre as
50 maiores economias mundiais que têm taxa básica.
A liderança no corte está com
as economias desenvolvidas
(como EUA, Japão e zona do
euro), onde a crise teve início e
a queda nos juros começou ainda antes de os problemas no
sistema financeiro americano
se espalharem pelo resto do
mundo. A taxa nesses países está atualmente próxima de zero.
Mas na América Latina, onde
o início dos cortes nos juros começou praticamente ao mesmo
tempo -entre dezembro de
2008 e janeiro-, é possível encontrar reduções mais acentuadas que a brasileira, ainda
que a taxa nominal do Brasil só
fosse menor que a da Turquia
em setembro (levando em conta as maiores economias mundiais). Chile e Colômbia não só
cortaram nominalmente mais
que o Brasil (7,75 e 5,5 pontos
percentuais, respectivamente)
como também o BC chileno
aparece em segundo entre os
mais contundentes em termos
percentuais, só atrás do sueco.
Menos agressivo que o Banco
Central brasileiro só aparecem
os de países como China, Rússia, Romênia, Hungria, Marrocos, Egito e Paquistão.
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