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Argentina ainda influi no dólar, diz governo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O secretário-adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Roberto Iglesias, afirmou que uma das possíveis razões para a alta do dólar ainda é o atrelamento, no exterior, da imagem do Brasil à crise da Argentina.
Segundo ele, por mais que o presidente Fernando Henrique Cardoso seja respeitado lá fora e tenha tentado mudar essa imagem, os investidores internacionais continuam a temer que o Brasil possa virar uma Argentina.
"Existem poucos analistas internacionais realmente especializados na economia brasileira e
eles traçam outro panorama [diferente dos demais" por desconhecerem a realidade", afirmou
Iglesias.
Outro fator que também faria o
dólar subir são as eleições. Segundo Iglesias, alguns investidores lá
fora acreditam que os dois principais candidatos de oposição ao
governo (Lula e Ciro Gomes) são
socialistas e podem fazer mudanças na atual política econômica.
Isso, segundo ele, seria uma das
razões para os bancos internacionais terem cortado as linhas de
crédito internacionais para os exportadores brasileiros. Ele afirma
que não existe risco real para esses
investidores em voltar a liberar as
linhas de crédito.
Iglesias também explicou que as
declarações dos candidatos de
oposição sobre a economia influem nas decisões das empresas
de comprar dólares. Para se proteger, os tesoureiros das empresas
compram dólares no mesmo dia, esperando a alta.
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