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EM TRANSE
Empresa renegocia US$ 225 milhões, que vencem até segunda-feira
Eletropaulo enfrenta nova série de dívidas em dólar
DA REPORTAGEM LOCAL
A Eletropaulo vai ter de enfrentar vencimentos de uma dívida de
US$ 225 milhões até segunda-feira. Na última quarta-feira, a empresa conseguiu evitar o calote do
pagamento de um débito de US$
120 milhões por meio de recursos
repassados pelo BNDES (Banco
Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social), uma compensação por prejuízos durante o
racionamento de energia.
Segundo informações do mercado, a empresa ainda estaria em
negociação para tentar rolar pelo
menos parte dos US$ 225 milhões."Dessa vez, a situação é menos dramática que a de quarta,
pois a dívida está concentrada nas
mãos de alguns poucos bancos.
Na quarta, os papéis da dívida estavam espalhados entre muitos
investidores, o que dificultava
qualquer tipo de negociação",
afirma o analista do setor elétrico
do Unibanco Sergio Tamashiro.
Com o fechamento do mercado
externo, as dificuldades para as
empresas nacionais rolarem suas
dívidas em dólares cresceu muito.
Para Tamashiro, a Eletropaulo
poderia trocar essa dívida externa
que vence por uma interna. Nesse
caso, a empresa contrairia nova
dívida com os bancos credores,
dessa vez em reais, para quitar os
atuais vencimentos.
No dia 5 de setembro, a Eletropaulo ainda verá vencer mais US$
30 milhões em dívida externa.
"Acredito que o maior problema da Eletropaulo eram os US$
120 milhões que venceram na
quarta. No mercado, já se falava
em calote. Acho que o que vence
agora deve estar praticamente resolvido", diz Tamashiro.
Na Bolsa de Valores de São Paulo, as ações preferenciais da Eletropaulo, que haviam disparado
21% na quarta, voltaram a subir.
Os papéis encerraram o pregão
com alta de 2,6%. Na quarta, a
Eletropaulo recebeu R$ 420 milhões do BNDES. Os recursos
eram referentes ao ressarcimento
das perdas registradas no período
do racionamento de energia.
O dinheiro que sobrou do que
foi repassado pelo BNDES, após o
pagamento da dívida de quarta,
não seria suficiente para quitar os
próximos vencimentos, segundo
a avaliação de analistas.
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