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Bancos não antecipam créditos de exportação
DA REPORTAGEM LOCAL
Empresas brasileiras que querem antecipar o recebimento de
créditos de exportação têm enfrentado dificuldades para fazer
isso. A metalúrgica Fibam, por
exemplo, exporta por mês US$
400 mil em fixadores especiais de
aço (parafusos). Os bancos têm se
recusado a antecipar o dinheiro
por causa da alta do dólar.
"Temos agora de esperar que os
importadores nos paguem, o que
leva 60 dias", afirmou ontem José
Reinaldo Mindel, diretor financeiro da empresa. A Fibam tem
uma dívida de R$ 6 milhões que
vence no curto prazo (12 meses).
Nenhum centavo, porém, é com
credores externos, o que poupará
a empresa de mais despesas.
Já a Cremer, fabricante de tecidos hospitalares, está em situação
mais complicada. Possui uma dívida de US$ 15 milhões que vence
em 2004. "Iniciamos no ano passado entendimentos para renegociar os débitos. Os credores precisam entender que nossos ativos
agora valem menos em dólar",
afirmou José Fagundes, diretor-presidente da companhia.
A dívida dolarizada representa
cerca de 60% dos débitos da companhia, que deve faturar R$ 138
milhões neste ano, 13% a mais do
que no ano passado. No entanto, a
Cremer fechará o balanço novamente com prejuízo, devido aos
prejuízos causados pela alta da moeda americana.
Segundo Einar Rivero, coordenador técnico da consultoria Economática, existem empresas com 70% de suas dívidas em dólar que vencem até meados de 2003.
(LASZLÓ VARGA)
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