São Paulo, sexta-feira, 23 de agosto de 2002

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Seguro-apagão faz estréia, mas não funciona

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O seguro anti-racionamento foi usado pela primeira vez e falhou. Às 23h23 de quarta-feira a cidade de Largarto (SE), de 83 mil habitantes, ficou sem luz porque dois transformadores da distribuidora Energipe quebraram. Logo depois, a distribuidora pediu ao ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) para usar a termelétrica de Largarto (14,4 MW), que é uma das 58 usinas que compõe o seguro anti-racionamento.
Foram feitas três tentativas de ligar a usina e, por volta de 16h de ontem, segundo o ONS, essa alternativa foi descartada. No fim da tarde de ontem a Energipe informou que algumas máquinas da termelétrica haviam sido ligadas e que parte da cidade estava com luz.
O seguro anti-racionamento é pago pelos consumidores de energia -menos os de baixa renda (consumo até 80 kWh/ mês)- desde março. Cada consumidor paga R$ 0,0057 por kWh/mês. Quando foi instituído, o seguro representou um aumento de aproximadamente 2% na tarifa. O dinheiro é arrecadado pelas distribuidoras de energia e repassado para a CBEE (Comercializadora Brasileira de Energia Emergencial), responsável pelo seguro.
A arrecadação serve para custear o aluguel das 58 usinas. Em caso de risco de falta de energia, as termelétricas podem gerar até 2.154 MW. Em caso de geração de energia, o valor do seguro sobe porque é preciso pagar, além do aluguel, o custo de geração de energia.
De acordo com o último balanço feito pela CBEE, 12 usinas ainda não estão em operação. Os contratos assinados entre as termelétricas previam que todas as usinas estivessem em operação no dia 1º de julho.


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