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Seguro-apagão faz estréia, mas não funciona
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O seguro anti-racionamento foi usado pela primeira vez e falhou. Às 23h23 de quarta-feira a cidade de Largarto (SE), de 83 mil habitantes, ficou sem luz
porque dois transformadores da distribuidora Energipe quebraram. Logo depois, a distribuidora pediu ao ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) para usar a termelétrica de Largarto (14,4 MW), que é uma das 58 usinas que compõe o seguro anti-racionamento.
Foram feitas três tentativas de ligar a usina e, por volta de
16h de ontem, segundo o ONS,
essa alternativa foi descartada.
No fim da tarde de ontem a
Energipe informou que algumas máquinas da termelétrica
haviam sido ligadas e que parte
da cidade estava com luz.
O seguro anti-racionamento
é pago pelos consumidores de
energia -menos os de baixa
renda (consumo até 80 kWh/
mês)- desde março. Cada
consumidor paga R$ 0,0057
por kWh/mês. Quando foi instituído, o seguro representou
um aumento de aproximadamente 2% na tarifa. O dinheiro
é arrecadado pelas distribuidoras de energia e repassado para
a CBEE (Comercializadora
Brasileira de Energia Emergencial), responsável pelo seguro.
A arrecadação serve para
custear o aluguel das 58 usinas.
Em caso de risco de falta de
energia, as termelétricas podem gerar até 2.154 MW. Em
caso de geração de energia, o
valor do seguro sobe porque é
preciso pagar, além do aluguel,
o custo de geração de energia.
De acordo com o último balanço feito pela CBEE, 12 usinas
ainda não estão em operação.
Os contratos assinados entre as
termelétricas previam que todas as usinas estivessem em
operação no dia 1º de julho.
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