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EUA concedem nova isenção ao aço importado
DA REDAÇÃO
DA REPORTAGEM LOCAL
O governo norte-americano
apresentou ontem mais uma lista
de produtos de aço que deixarão
de ser atingidos pelas sobretaxas
de até 30% determinadas pelo
presidente George W. Bush, em
março passado, para proteger a
siderurgia norte-americana.
Mais 178 produtos, um deles exportado pelo Brasil, ficarão isentos das salvaguardas, elevando
para 727 os tipos de aço que não
ficarão mais sujeitos às medidas
protecionistas. Uma nova rodada
de isenções poderá ser anunciada
em março, segundo o governo.
Bush impôs as sobretaxas, previstas para durar três anos, para
estimular a reestruturação das siderúrgicas do país. A medida provocou a fúria dos parceiros dos
EUA, sobretudo União Européia
e Japão, que ameaçaram dar o troco e detonar uma guerra comercial. Para evitar uma retaliação
européia e japonesa e de outros
países, o governo dos EUA acabou enxugando a lista.
De acordo com o IBS (Instituto
Brasileiro de Siderurgia), o Brasil
poderá ser beneficiado em apenas
uma das categorias de produtos
que aos quais os EUA concederam ""perdão" que permitirá aos
países exportadores aumentarem
as vendas ao mercado norte-americano. Esse único item se refere a
chapas galvanizadas, que têm
aplicação na indústria automobilística. Duas siderúrgicas brasileiras são exportadoras regulares
deste item, a CSN e a Usiminas.
O problema é que as empresas
precisarão competir com outras
siderúrgicas mundiais pela cota
de 80 mil toneladas anuais -a cota excedente que terá acesso ao
mercado americano. ""Temos
condições de pegar toda essa cota.
Será favorecida a empresa que tiver algum contato mais estreito
no mercado americano", diz Marco Polo de Mello Lopes, vice-presidente-executivo do IBS.
Mello Lopes afirma que, nos outros itens, o Brasil não será beneficiado por dois motivos: ou o país já está envolvido em alguma disputa na OMC (Organização Mundial do Comércio) ou por superar a cota de 3 milhões de toneladas
de produtos siderúrgicos semi-acabados -inicialmente, eram
2,5 milhões, mas no dia 14 deste mês o país adquiriu uma cota adicional de 500 mil toneladas de placas de aço.
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