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Governo prevê superávit maior na balança
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Ministério do Desenvolvimento reviu a projeção de superávit da balança comercial deste ano
de US$ 6 bilhões para US$ 7 bilhões, disse ontem o ministro Sergio Amaral. O saldo acumulado
até agora está em US$ 4,6 bilhões.
Segundo ele, o governo já conta
com um saldo ainda maior no ano
que vem, mas não há uma previsão exata de valor. Outras áreas
do governo, porém, prevêem superávit de cerca de US$ 8 bilhões
em 2003.
As exportações deverão sofrer
uma retração de 4% neste ano em
relação ao ano passado, e as importações devem diminuir em
12%, segundo Amaral. Ou seja, as
exportações neste ano ficariam
em US$ 56 bilhões e as importações, em US$ 49 bilhões. Até julho, as vendas externas já haviam
recuado 7,7% na comparação
com 2001 e as importações, 18,9%.
Mas o governo conta com o reaquecimento da economia mundial, principalmente dos Estados
Unidos, e com novos acordos comerciais para melhorar o desempenho até o fim do ano.
No próximo dia 2, Amaral viaja
para a Colômbia para propor a assinatura de um acordo de livre comércio entre o Mercosul e a Comunidade Andina. O acordo será
discutido inicialmente entre Brasil e Colômbia e depois será estendido ao bloco do Cone Sul (Brasil,
Argentina, Uruguai e Paraguai) e
Comunidade Andina (Colômbia,
Peru, Venezuela, Equador e Bolívia).
O Brasil também negocia acordo de redução de tarifas com o
México. Segundo Amaral, há entendimentos para iniciar discussões de parcerias comerciais com
a China e com a Índia.
"Neste ano, as exportações se
mantiveram praticamente no
mesmo nível do ano passado,
com uma pequena variação negativa de 1% ou 2% nas quantidades
embarcadas. O problema é por
causa da crise econômica mundial, os preços caíram em 6%",
disse Amaral.
Ele espera que no ano que vem a
economia mundial volte a crescer,
o que, na sua avaliação, vai elevar
os preços dos produtos exportados pelo Brasil. Além disso, o ministro acredita que a Argentina
vai importar mais do Brasil em
2003 do que neste ano, quando as
exportações para o vizinho caíram mais de 60% sobre 2001.
Segundo Amaral, o fim da incidência em cascata das cobranças
das contribuições sociais PIS e
Cofins para os produtos exportados vai ajudar a aumentar as vendas em 2003.
(CLÁUDIA DIANNI)
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