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Ganho maior reduz saque em fundos
SANDRA BALBI
DA REPORTAGEM LOCAL
A rentabilidade média dos fundos DI aumentou desde que entrou em vigor o pacote de medidas do Banco Central para conter
a sangria dos fundos de investimento. Acompanhando a recuperação dos ganhos, os investidores
continuam a reduzir os saques
das aplicações (leia quadro).
O diretor do site Fortuna, Marcelo D'Agosto, analisou o desempenho dos fundos comparando a
média móvel de rentabilidade em
cinco dias -antes e depois do pacote. O levantamento mostra que
entre o dia 14, quando foram
anunciadas as mudanças, e o dia
20 deste mês, os fundos DI renderam 115% da taxa do CDI (Certificado de Depósito Interbancário),
que é o juro médio das operações
financeiras entre bancos.
Na média móvel dos cinco dias
encerrados em 16 deste mês, o
rendimento desses fundos foi de
91% do CDI. Observando-se um
período mais longo, entre 1º de julho e 20 deste mês, a rentabilidade
média foi equivalente a 73% do
CDI.
A média móvel foi calculada entre os dias 29 de maio e 20 deste
mês, tendo como ponto de partida os cinco dias úteis contados de
29 de maio a 5 de junho. Em seguida, D'Agosto calculou a rentabilidade média entre 31 de maio e
6 de junho, e assim sucessivamente, deslocando o cálculo sempre
um dia útil para a frente.
Segundo ele, o pior momento
neste ano para os fundos ocorreu
entre 29 de maio e 28 de junho,
quando a rentabilidade média
dos DI despencou para 15% do
CDI. Esse período foi o que se seguiu ao início da marcação a mercado -a contabilização dos títulos públicos das carteiras dos fundos pelo seu valor diário no mercado secundário.
"Foi isso que provocou a fuga de
investidores", diz ele. "Agora, à
medida que a rentabilidade se recupere, os investidores devem
voltar a essas aplicações", disse.
Os analistas alertam, porém,
que os fundos, tanto os DI como
os de renda fixa, continuam apresentando volatilidade (oscilação)
nas suas cotas diárias.
"A volatilidade diminuiu, mas
não acabou. Os fundos estão tendo mais dias com cotas positivas
do que negativas, pois melhorou
o preço dos títulos públicos graças aos leilões do BC", afirma Norival Wedekin, diretor do BMC Asset Management.
O pacote de medidas do Banco Central, anunciado no dia 14, incluiu a realização periódica de leilões de troca e de recompra de LFTs (Letras Financeiras do Tesouro), o principal papel das carteiras dos fundos.
Além disso, permitiu que parte das carteiras seja contabilizada de
acordo com a taxa de juros embutida nos títulos -e não pela marcação a mercado.
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