|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MERCADO FINANCEIRO
Giro financeiro foi baixo, de R$ 477,518 milhões; alta do dólar eleva projeções para juros na BM&F
Bolsa sobe 2,8% e hoje comemora 112 anos
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bolsa de Valores de São Paulo
subiu 2,80% ontem e encerrou o
pregão em 9.702 pontos. O giro financeiro voltou a cair e ficou em
R$ 477,518 milhões.
A alta de ontem foi puxada pelas ações da Petrobras. O papel
preferencial da companhia foi o
segundo mais negociado do Ibovespa e encerrou o dia com alta de
2,77%. O desempenho da ação é
beneficiado pela tendência de alta
do preço do petróleo, com a possibilidade de um novo conflito
envolvendo os EUA e o Iraque.
A procura por ações da petrolífera animou os negócios e gerou a
demanda pelas ações da Telemar,
as de maior peso no índice e mais
negociadas ontem. O papel fechou com valorização de 5,76%.
As ações de bancos também tiveram dia positivo ontem. Bradesco PN subiu 3,29% e Itaú PN,
4,86%. O setor bancário havia
acumulado grandes perdas nas
últimas semanas com a alta do
risco-país. Os bancos possuem
grandes quantidades de títulos
públicos e são atingidos pela desconfiança externa em relação à
capacidade de o país pagar sua dívida.
Hoje a Bovespa completa 112
anos de existência, mas sem motivos para comemorar. De janeiro a
junho deste ano o Ibovespa acumulou perdas de 18%, seu pior resultado em um primeiro semestre
em 30 anos. No acumulado de
2002, a queda está em 28,5%.
A média diária de negócios neste semestre é de R$ 555,70 milhões, abaixo dos R$ 577,70 milhões do semestre passado, apesar
do fim da CPMF para as ações.
Para operar no azul, a Bolsa precisa girar pelo menos R$ 400 milhões por dia. No ano, até julho, a saída de recursos estrangeiros é de R$ 1,165 bilhão .
Mercado futuro
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), as projeções para
os juros subiram um pouco. Os
contratos para janeiro do ano que
vem, os de maior liquidez, passaram de 21,74% para 22%.
O comportamento das taxas é
explicado pela alta do dólar. Após
a decisão do Copom (Comitê de
Política Monetária), do Banco
Central, de manter os juros brasileiros em 18% ao ano e adotar o
viés de baixa, o mercado passou a
avaliar que os juros poderão cair
quando o dólar atingir patamares
mais razoáveis -ou seja, abaixo
de R$ 3, pelo menos.
(ANA PAULA RAGAZZI)
Texto Anterior: Ganho maior reduz saque em fundos Próximo Texto: O Vaivém das Commodities Índice
|