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POLÊMICA
Artigo novo teria elevado custos para rotular produtos com transgênicos
Consultora vê erro em rotulagem
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Uma mudança no artigo que regulamenta a rotulagem de produtos alimentícios que contêm soja
transgênica dificultou o cumprimento da lei, afirma a consultora
da ASPTA (Assessoria e Serviços
a Projetos em Agricultura Alternativa) e integrante do Movimento por um Brasil Livre de Transgênicos, Flávia Londres.
Na medida provisória, editada
em março, que autorizou a comercialização da soja transgênica
até 31 de janeiro de 2004, ficava estabelecido que qualquer produto
que contivesse traços de soja
transgênica deveria ser rotulado.
Quando a MP foi transformada
em lei no Congresso houve uma
flexibilização da exigência de rotulagem que, na prática, dificultou o cumprimento da legislação.
No texto aprovado no Congresso ficou decidido que só seria preciso rotular os produtos que tivessem mais de 1% de soja transgênica na sua composição.
Segundo Londres, enquanto
um teste para mostrar se existe algum traço de transgenia custa entre R$ 10 e R$ 12, o outro sai por
cerca de US$ 300 (aproximadamente R$ 900).
A mudança foi feita porque os
produtores de soja argumentaram que a exigência anterior significaria que quase toda a produção de alimentos que levam soja
teria de exibir o rótulo "pode conter soja transgênica", o que não
seria bom comercialmente.
A Monsanto, multinacional que
detém a patente da soja transgênica Roundup Ready, afirmou, por
meio de sua assessoria de imprensa, que vai manter a decisão de cobrar royalties sobre a soja transgênica que sair do Brasil para outros
países. A cobrança será efetuada a
partir da próxima safra de soja.
Isso, segundo a assessoria de
imprensa da empresa, não depende da liberação ou não do plantio
e comercialização de organismos
geneticamente modificados no
país. A empresa disse que não irá
comentar detalhes da cobrança
nem das atitudes do governo porque as negociações continuam.
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