DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Desde 1998, agricultores, principalmente no Rio Grande do Sul, plantam e vendem ilegalmente soja transgênica no país.
Naquele ano, a CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) emitiu um parecer que seria um passo importante para a liberação do plantio e comercialização da soja transgênica produzida pela Monsanto. O parecer afirmava que a soja da empresa não provocava danos ao ambiente e era segura para o consumo humano e animal.
O parecer não foi implementado devido a uma decisão da Justiça -suspensa na semana passada. Enquanto a Justiça analisava o processo, o governo de Fernando Henrique Cardoso fiscalizou o uso de semente geneticamente modificado, que não chegou a ser liberado. No caso dos agricultores do RS, as sementes foram contrabandeadas da Argentina.
Logo que assumiu, o governo Lula se deparou com um problema: a colheita de soja geneticamente modificada, plantada ilegalmente em 2002, valia no mercado cerca de R$ 1 bilhão.
Para evitar prejuízos para os agricultores e para as exportações, o governo editou uma medida provisória, hoje convertida em lei, que autorizou a comercialização dos grãos. Ao mesmo tempo, deixou claro que proibiria e fiscalizaria o plantio de soja transgênica neste ano.
O governo discute atualmente uma nova legislação para transgênicos no país.


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