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Festa do Réveillon do Rio perde patrocínio
Empresa do mercado financeiro desiste de quota de R$ 1,6 milhão para celebração em Copacabana
DA SUCURSAL DO RIO
A crise econômica internacional desembarcou em Copacabana. Com a turbulência dos
mercados, a tradicional festa
que lota a praia carioca na noite
de Réveillon sofreu um desfalque de R$ 1,6 milhão. Uma empresa do mercado financeiro
avaliou que não era o momento
para celebrações e desistiu de
sua cota de patrocínio.
"Não era o momento de esse
patrocinador estar envolvido
numa festa, diante das dificuldades enfrentadas pelo mercado", disse Flavio Machado, diretor de novos negócios da produtora SRCOM, responsável
pela produção da festa.
Ele não revelou o nome da
empresa desistente, mas afirmou que a saída se deu mais pela questão da imagem do que
por problemas de caixa.
A preocupação de Machado,
agora, é encontrar outro patrocinador do mesmo porte para a
festa. "Não tenho como realizar
o nosso projeto, do jeito que
nós planejamos, sem essa quota de patrocínio", disse.
No total, o custo da festa está
estimado em R$ 7 milhões. Metade desse valor viria do orçamento municipal e a outra metade, dos patrocinadores. O secretário especial de Turismo do
Rio, Rubem Medina, não descarta aumentar os investimentos da Prefeitura caso haja necessidade. "A festa está garantida. Não é por causa da saída de
um patrocinador que o Réveillon será cancelado."
No ano passado, cerca de 2
milhões de pessoas participaram da festa em Copacabana.
Mercado doméstico
O governo anunciou que pretende investir na promoção do
turismo doméstico para contornar os efeitos da crise no
mercado financeiro. Segundo o
ministro do Turismo, Luiz Barreto, será lançada em novembro campanha para incentivar
a venda de passagens e pacotes
no país, com investimento de
R$ 8 milhões. A campanha será
feita em rádio, TV, internet,
mobiliário urbano, aeroportos
e mídia especializada.
Segundo o ministro, as pessoas estão desistindo de viajar
para outros países e preferindo
viagens mais curtas. "Já registramos um crescimento de 10%
a 15% na procura por destinos
no mercado interno", disse.
Segundo ele, a idéia é aproveitar o período em que as famílias se programam para as férias de verão.
Se, de um lado, a alta do dólar
deve reduzir o número de brasileiros em viagens para o exterior, deve também incentivar a
vinda de estrangeiros para o
país. "O produto Brasil está ficando mais barato", disse.
O ministro afirmou ainda
que espera um aumento no número de vôos para o Brasil e
que prevê mais viagens dentro
da América Latina.
A expectativa do ministério é
encerrar 2008 com uma entrada de divisas próxima dos US$
6 bilhões. Até setembro, já contabilizava US$ 4,4 bilhões. No
ano passado, o valor ficou em
US$ 4,9 bilhões. Barreto afirmou que não vê risco de corte
no orçamento do ministério e
que, após a escolha das 12 cidades que vão sediar a Copa, o governo lançará uma espécie de
PAC do Turismo para melhorias em infra-estrutura e qualificação profissional.
Apesar da perspectiva de
mais viagens no verão, companhias aéreas ouvidas pela Folha afirmam que o crescimento
do mercado doméstico em
2009 será menor do que o registrado nos últimos anos.
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