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Corte na produção para elevar preço pode rachar Opep
DA BLOOMBERG
A Opep (Organização dos
Países Exportadores de Petróleo) corre o risco de "dividir"
seus membros porque o grupo
pretender reduzir a produção e
elevar os preços, no mesmo
momento em que os países desenvolvidos enfrentam sua pior
recessão desde 1983.
O ministro de Energia do Irã,
Gholamhossein Nozari, disse
ontem que a Opep deverá cortar suas cotas de produção em
2,5 milhões de barris por dia, ou
8,7%, volume quase equivalente ao que é extraído no Kuait.
O ministro da Argélia e presidente da Opep, Chakib Khelil,
disse no início da semana que a
redução a ser definida na reunião marcada para amanhã, em
Viena (Áustria), poderá ser de
apenas 1 milhão de barris.
A discussão reinante na
Opep joga a Arábia Saudita, o
maior produtor do grupo e aliado dos EUA, contra a Venezuela e o Irã, dois países contrários
à política externa dos EUA e
que defendem a alta do preço.
A cotação do produto caiu
mais de 54% em relação ao seu
recorde de US$ 145,29, registrado no fechamento dos negócios em 11 de julho em Nova
York. Ontem, o barril fechou a
US$ 66,75 em Nova York e a
US$ 69,72 em Londres.
"As divisões da Opep surgem
porque varia o que os países
precisam e querem", disse Gareth Lewis-Davis, analista de
petróleo do Dresdner Kleinwort Group Ltd., de Londres.
A Arábia Saudita mantém
seu orçamento equilibrado
com os preços do petróleo inferiores a US$ 30 por barril, segundo estimativas da Merrill
Lynch & Co. Já os Emirados
Árabes Unidos precisam de cotações de US$ 40 o barril, e o
Catar, de US$ 55 para manter
as contas públicas em ordem.
O Irã tem um ponto de equilíbrio de cerca de US$ 100 o
barril, enquanto na Venezuela,
que gasta a receita do petróleo
em programas sociais, o preço
ideal é de cerca de US$ 120.
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