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COFRE ABERTO
Recursos estavam bloqueados para aperto fiscal
Governo libera mais R$ 508 mi; Saúde consegue a maior parcela
SHEILA D'AMORIM
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em meio à discussão sobre aumento do ritmo dos gastos públicos, como forma de reduzir o esforço fiscal em 2005, os ministérios da Fazenda e do Planejamento liberaram, ontem, R$ 507,9 milhões que estavam retidos para reforçar a economia necessária para
pagar juros que incidem sobre a
dívida, o superávit primário.
Os recursos fazem parte de um
bolo de R$ 1,234 bilhão que a
equipe econômica tinha inicialmente proibido de ser utilizado.
No início deste mês, no entanto,
foi anunciada a intenção de liberar o dinheiro. Mas, praticamente
15 dias depois dessa autorização,
apenas R$ 120 milhões foram, de
fato, autorizados para gastos.
Com a parcela de ontem, ainda
fica faltando definir o destino dos
outros R$ 606,1 milhões. O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, reconhece que a liberação
segue um ritmo lento, mas justifica que isso ocorre porque "alguns
créditos dos ministérios precisam
ser aprovados pelo Congresso".
Isso porque as liberações estão
atreladas a limites previstos na Lei
Orçamentária. A partir de determinados valores, os recursos adicionais para projetos orçados dependem de o Congresso aprovar.
A Saúde recebeu a maior fatia
da verba, de R$ 207 milhões. A Fazenda, R$ 80 milhões, para aparelhamento da Receita. O Itamaraty
recebeu R$ 70 milhões.
O Ministério da Reforma Agrária ficou com R$ 61,5 milhões.
Outros R$ 20 milhões foram para
o Ministério do Turismo.
Os demais ministérios beneficiados foram: Desenvolvimento,
com R$ 6,4 milhões; Meio Ambiente, com R$ 26 milhões; Defesa, com R$ 21 milhões; Cidades,
com R$ 15 milhões, e Integração
Nacional, com R$ 1 milhão.
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