DA REPORTAGEM LOCAL

O Grupo Docas e a FRB (Fundação Ruben Berta), que atualmente está afastada do comando da Varig, devem tentar anular parte da assembléia de credores da companhia aérea que ocorreu na última segunda-feira.
A idéia que está sendo analisada, segundo a Folha apurou, é conseguir na Justiça o cancelamento apenas da transferência do controle da FRB para a Docas, que pertence ao empresário Nelson Tanure. A outra decisão da assembléia, de aprovar o plano de recuperação para a aérea, não seria contestada.
A assembléia pode ser anulada na Justiça por contrariar uma liminar anterior do STJ (Superior Tribunal de Justiça), que a cancelava. Mas, para isso, quem tiver sido prejudicado pela sua realização deverá entrar com uma reclamação no tribunal alegando o descumprimento da decisão judicial.
A avaliação dos advogados da Docas e da FRB, entretanto, é que, se a assembléia e conseqüentemente a aprovação de um plano de recuperação for anulada, a situação da companhia fica muito difícil. Isso porque uma nova assembléia teria que ser chamada pela Justiça, o que levaria no mínimo 15 dias, e isso ocorreria muito perto do prazo final para terminar a blindagem da Varig, que é 8 de janeiro.

VarigLog e VEM
A Varig pediu como prazo até o dia 29 para se posicionar em relação à sua escolha do comprador da VarigLog (transporte de cargas) e da VEM (empresa de engenharia e manutenção).
Depois de ter iniciado transações com a companhia aérea portuguesa TAP, a Varig colocou as duas subsidiárias em leilão.
Durante o período de leilão, duas propostas foram apresentadas: a do grupo Docas e a do fundo norte-americano Mattlin Patterson, de US$ 77 milhões, que já havia manifestado interesse em comprar a própria Varig. A aérea escolheu a proposta da Docas.
A TAP deveria escolher cobrir ou não a oferta, mas não considerou a proposta feita pela Docas válida.


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