São Paulo, quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ALPINAS

DÓLAR
O dólar está muito desvalorizado? Nada disso, afirma Fred Bergsten, especialista em comércio e câmbio. "Ainda há espaço para cair mais uns 10%", imagina.

DOHA
A Rodada Doha de liberalização comercial morreu, decreta o hiperpessimista Nouriel Roubini. Reage, em conversa com a Folha, o subsecretário do Tesouro norte-americano para Assuntos Internacionais, David McCormick: "Se depender do presidente Bush, posso te assegurar que ele fará o possível para não deixar a peteca cair". Emenda: "E o presidente Lula também".

CLUBE DOS RICOS
A OCDE iniciou, no ano passado, negociações com o Brasil para ser membro pleno do clubão dos 30 países mais ricos do mundo. Mas a negociação, ao contrário do previsto, não fecha neste ano. "A OCDE tem o maior interesse, mas a decisão política é só do Brasil", diz Ángel Gurria, diretor-geral da instituição. Consola-se com uma frase de efeito: "A adesão é importante demais para ser tratada com urgência".

IRONIA CHINESA
A crise deixou os Estados Unidos tão expostos que até os funcionários chineses, usualmente discretíssimos, ousam agora ironias. Como a de Cheng Siwei, do Congresso Nacional do Povo, principal instituição estatal: "Os chineses e os asiáticos em geral preferem poupar hoje para gastar amanhã; os norte-americanos gastam hoje o dinheiro de amanhã". Aplausos generalizados do público.

IMPACTO PROFUNDO
Assustadora afirmação do banqueiro Michael Klein (Citi): "O impacto da crise [a das hipotecas "subprime'] foi muito mais profundo do que reconheceram as autoridades e os reguladores à época".

PULMÕES
Marcus Brauchli ("Wall Street Journal"), moderador do debate sobre uma frase arqui-repetida no passado ("Se a América espirra, o mundo ainda pega um resfriado?"), propôs trocar "espirrar" por "pegar pneumonia", óbvia alusão ao fato de que espirrar, os EUA estão espirrando há meses.


Texto Anterior: 2007 já dá saudades em brasileiros, mas analistas vêem perdas menores no país
Próximo Texto: Economia dos EUA segue forte, diz Condoleezza
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.